Iniciado na última quinta-feira (8), o 5º Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio destaca a importância de uma abordagem múltipla do tema e o envolvimento de diversos setores da sociedade. O evento de abertura ocorreu no Centro de Convenções Parlamundi, em Brasília.
A médica psiquiatra Fernanda Benquerer ressaltou a necessidade da abordagem do tema em diversas unidades de saúde. “As pessoas em crise suicida estão em todos os níveis de atenção”, explicou.
A profissional disse ainda que o comitê busca promover constante capacitação de profissionais de diferentes áreas, além de propiciar a disseminação de conhecimento técnico sobre o tema.
Para a presidente do Congresso e diretora científica da ABEPS, Karen Scavacini, “vivemos tempos desafiadores onde a complexidade das interações humanas e as rápidas mudanças sociais e tecnológicas têm impactado profundamente a saúde mental das pessoas”. O suicídio, segundo ela, exige uma abordagem multifacetada, sensível e urgente.
Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (Abeps), destacou a importância do debate por diversos setores da sociedade. “Temas complexos não se resolvem com soluções simples”, destacou.
Karen Scavacini, agradeceu a participação de mais de 700 inscritos e a diversidade da programação, que segue até este sábado dia 10. “A complexidade do suicídio requer que olhemos para além das estatísticas”, finalizou.
Na mesa de abertura, estavam representantes da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP-DF), da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do MS e da Organização Panamericana da Saúde (Opas).
De acordo com Leticia Cardoso, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em 2022, foram registrados 16 mil casos de suicídio no Brasil. Segundo ela, os participantes do Congresso têm a oportunidade de se atualizar, de trocar informações e se capacitar para formar uma rede de enfrentamento a um problema grave da sociedade.
Representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Maria Cristina Hoffmann, chamou a atenção para a alta taxa de suicídio entre idosos. “É uma população invisibilizada e é uma taxa maior do que a média do Brasil e nós precisamos dar visibilidade a essa questão”, afirmou.
Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, médico e presidente da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) avaliou que o Brasil, apesar dos avanços alcançados nos últimos anos, parece ignorar que o suicídio é um problema de saúde pública.
O V Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio tem o apoio do Instituto Vita Alere, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio, da Associação Brasileira dos Sobreviventes Enlutados por Suicídio e da Associação Brasileira Multiprofissional sobre o Luto. Mais informações em abeps.org.br.
Redação redegn Foto abeps
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