Por trás do sucesso da campeã olímpica Rebeca Andrade, de 25 anos, está a história de superação e dedicação de sua mãe, Dona Rosa.
Empregada doméstica e mãe solo, Dona Rosa criou Rebeca e seus seis irmãos em Guarulhos, na Grande São Paulo, enfrentando inúmeros desafios para apoiar o talento da filha na ginástica artística. As informações são do portal EXTRA.
Dona Rosa sempre acreditou no potencial de Rebeca, mesmo quando os recursos eram escassos. Sem dinheiro para a condução, ela contava com a ajuda do filho mais velho para levar Rebeca de bicicleta ou a pé para os treinos. "Minha mãe sempre esteve presente, me levando para os treinos, me apoiando em todas as minhas decisões. Ela é a verdadeira campeã", afirma Rebeca.
A família de Rebeca pouco conviveu com o pai, Ricardo Andrade, que saiu de casa deixando Dona Rosa sozinha com a responsabilidade de criar os sete filhos. Rebeca herdou o sobrenome do pai, mas foi a mãe quem esteve ao seu lado em cada passo de sua jornada. "O meu pai é meu pai e nunca vai deixar de ser meu pai, amo muito ele. Tenho um carinho enorme e lembranças muito boas com ele. Mas como eu saí muito cedo de casa, a convivência, não só com ele, mas com a minha mãe e meus irmãos também, ficou mais distante”, relatou a atleta durante uma homenagem prestada por Faustão, no ano passado.
"E pensar que muitos me criticaram na época, porque logo aos 9 anos ela foi morar fora, foi se dedicar aos treinos. Diziam: 'Você é doida de deixar sua filha ir embora'. Mas eu tive a sabedoria e a mente aberta para deixá-la seguir seus sonhos. Eu deixei que ela voasse atrás de um objetivo. Deixando também claro que se não desse certo, as portas de casa sempre estariam abertas para ela. Hoje eu vejo que agi certo, por ter ouvido o meu coração", declarou dona Rosa
Ricardo Andrade, o pai de Rebeca, também reconheceu a dedicação de Dona Rosa durante a mesma homenagem. "Eu e a mãe dela, como muitos, não demos certo como casal. Mas, graças a Deus, eles (os filhos) tiveram uma boa educação, muito amor, não só a Rebeca. Meus filhos sempre foram muito cabeça, mesmo com pouca idade", afirmou Ricardo.
Rebeca, hoje a maior ginasta do Brasil e a maior medalhista do país, sempre lembra de suas raízes e da importância da família em sua vida.
"Foi muito difícil, porque a distância é dolorida, minha família sempre se fez muito presente, mas meu pai não acompanhou tanto essa parte do esporte porque ele não estava tão próximo. É por isso que eu falo mais da minha mãe e dos meus irmãos, eles acompanharam mais o meu começo. Agradeço muito pelos pais que eu tenho, mesmo com as dificuldades que tivemos com a questão deles, ficando distantes, mas faz parte. Eu sou uma pessoa feliz, saudável, resolvida, com muita gente que me ama e é o que desejo para as pessoas também”, finalizou a campeã.
Jornal Extra/Terra/Bnews
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