Massangano: Cultura de um povo ancestral" é tema de exposição fotográfica aberta hoje (13) na ilha

Petrolina se tornou uma das melhores cidades para se viver no Nordeste conforme pesquisas que destacam diversos relacionados ao potencial econômico, turístico e cultural da região incluindo as belezas do rio São Francisco a partir da fruticultura, gastronomia, entretenimento, manifestações da cultura popular entre outros atrativos que fortalecem a cadeia turística do maior município  do Sertão do Estado.

E por falar em turismo, ao longo do rio São Francisco uma das paradas imperdíveis é conhecer a Ilha do Massangano de perto.

O lugar já foi tema de música, poesia, reportagens e pesquisas acadêmicas focando a diversidade de seu povo. Até o escritor Ariano Suassuna no passado recente se rendeu ao lugar por conta da manifestação do Samba de Véio.  A partir desta quinta-feira (13) a comunidade ribeirinha ganha a exposição fotográfica "Ilha do Massangano: cultura de um povo ancestral" com imagens  inéditas feias sob as lentes do premiado fotógrafo cearense Luiz Alves com curadoria e textos do jornalista e pesquisador Emanuel Andrade.

A exposição que faz parte de um projeto de pesquisa  "Imagem palavra e Identidade: A importância dos feitos de um povo", teve apoio da Lei Paulo Gustavo (Ministério da Cultura/ Prefeitura de Petrolina) acontecerá  no espaço externo da Casa de Ceiça (s/n), na entrada da comunidade, , e poderá ser prestigiada após o novenário de Santo Antônio, ás 19h30.

A mostra reúne mais de 50 imagens produzidas ao longo  deste semestre,  e busca apresentar diferentes olhares na rotina da comunidade despertando a força de um povo no horizonte e sua ancestralidade coletiva. São cenas das rotinas produtivas da coletividade bem como retratos individuais e cenas icônicas das manifestações socioculturais e religiosa, endossando através da arte a preservação das tradições riberinhas.

"Essa exposição se traduz na história, nos antepassados, comportamento e crenças  da comunidade no conjunto  simbólico do povo da ilha", observa Luiz Alves. A pluralidade dos ribeirinhos conecta com religiosidade,  cultura,  sabores, olhares individuais sobre a vida na ilha, e suas relações com o rio,  natureza bem como  o movimento das pessoas de dentro e de fora que chegam constantemente  pelas  barcarolas que fazem a travessia do lugar.

O jornalista e pesquisador Emanuel Andrade ressalta que a exposição vai além de um registro fiel ás raíes da coletividade uma vez que cada morador fotografado expõem também a preocupação com o futuro das novas gerações.  

"Cada vez que um visitante vai à ilha após longo espaço de tempo, sai impressionado ao compreender as mudanças, as dinâmicas e a força mais que humana que existe dentro de cada morador. A comunidade da ilha se impõe naturalmente diante sua importância e potencial como povo que também se insere no contexto econômico, social,  turístico e cultural", ressalta. A exposição fica aberta na Casa da Ceiça até o final de semana e a partir de julho deve passar por Petrolina e Juazeiro. []

Ascom