Um pitbull atacou um promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que acompanhava uma operação de demolição na Ilha da Gigoia, na Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira (29). Um agente que escoltava a equipe atirou no animal, que morreu minutos depois.
Uma força-tarefa da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) tinha ido derrubar 2 prédios residenciais construídos irregularmente na ilha, que fica na Lagoa da Tijuca, na Barra da Tijuca.
No meio da operação, o pitbull avançou sobre uma das equipes.
Uma promotora estava vistoriando casas na vizinhança atrás de materiais de construção quando, dentro de um dos imóveis, se deparou com o pitbull Zeus, que estava solto, sozinho e sem focinheira. O animal avançou, a mulher correu, e Zeus passou a persegui-la. No caminho, o cão parou e atacou o promotor Andre Buonora, do Gaeco, e mordeu sua panturrilha direita.
Um agente da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), a escolta armada dos promotores, reagiu e fez pelo menos 3 disparos contra Zeus. O cachorro chegou a ser levado para uma clínica veterinária, mas não resistiu.
A TV Globo apurou que o tutor do pitbull estava nas imediações na hora da operação e nada fez para contê-lo. Somente após os disparos, o homem se identificou e levou Zeus ao veterinário.
Segundo o Gaeco e a Seop, os edifícios tinham 3 pavimentos e estavam praticamente prontos, apesar de a Prefeitura do Rio ter emitido uma notificação há 1 ano, determinando a paralisação das obras. Ao invés de atender à ordem para interromper os trabalhos, os responsáveis aceleraram o ritmo da construção.
“Só aqui na Ilha da Gigoia a gente já tem 4 operações de demolição de construções irregulares. É uma área que vem sofrendo influência de grupos criminosos organizados, especialmente milicianos”, declarou o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
“Desde que foram notificados, aceleraram as obras e tentaram ludibriar, colocando pessoas para residir. Aqui a gente vê que não tem nenhuma condição de moradia nesse local”, emendou.
Segundo Carnevale, desde 2021, já são 3.400 demolições com meio bilhão de reais de prejuízo para quem ergueu prédios irregulares.
g1 RJ Foto Reprodução TV Globo
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