A segunda temporada do programa Linha Direta com Pedro Bial estreou ontem, quinta-feira (18), por volta das 23h10, na tela da TV Globo. A atração abordou o trágico Caso Beatriz, que aconteceu em 10 de dezembro 2015, quando a menina de 7 anos foi morta.
Depoimentos e imagens que o público não conheciam foram destaques no programa. Pelas redes sociais centenas de telespectadores comentaram a emoção e as lágrimas caídas durante o programa diante a dor de uma mãe, pai, irma e amigos de Beatriz. O programa movimentou as redes sociais e gerou cerca de 100 mil tweets. A hashtag #LinhaDireta esteve várias vezes nos trending topics do Brasil, e nos trending topics do mundo.
A criança Beatriz participava de uma festa de formatura da irmã mais velha, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, onde o pai era professor de inglês.
Segundo informações periciais, Beatriz Angélica Mota foi brutalmente assassinada com 68 lesões espalhadas pelo corpo, sendo 51 provocadas por arma branca. O caso ganhou repercussão a nível nacional.
Marcelo da Silva, que atualmente está preso, responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da garota.
Até agora, o caso envolveu oito delegados, sete perícias, mais de 450 depoimentos e 900 imagens analisadas na tentativa de encontrar o suspeito do crime.
Ainda em busca por explicações sobre a morte da filha, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, assumiu a secretária de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco, sob a atual gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Em outubro, Lucinha deixou o cargo no Palácio do Campo das Princesas para assumir posto de vereadora (também pelo PSDB) na cidade sertaneja, no lugar de Júnior do Gás (Avante), cujo mandato foi cassado por fraude.
Para a REDEGN Lucinha Mota declarou que embrou a caminhada em busca de justiça, o apoio que recebeu durante sua caminhada e que sua luta segue em busca da conclusão desse processo, mas sobretudo para que os casos de “outras Beatrizes de Pernambuco e do Brasil” não fiquem impunes:
“Nós não cansamos, a família não se cansou, o Vale do São Francisco não se cansou, mantendo essa luta em nome de Beatriz. Era justo que Beatriz tivesse um inquérito justo e agora ela merece que sigam os processos Repudio veementemente o Poder Judiciário de Pernambuco, pela lentidão, pela morosidade. São dois anos anos que esse processo vem se arrastando no Tribunal de Pernambuco. Nada justifica isso. Muitas das famílias são avisadas do júri ou de uma audiência através das redes sociais, através da imprensa. A gente precisa mudar esse regime, isso não pode continuar, a nossa luta por Beatriz é a luta por todas as Beatrizes de Pernambuco, para dizer a essas instituições que nós não vamos mais aceitar, precisamos de investimentos, se for o caso, porque se for falta de investimento que o poder judiciário se pronuncie”, disse.
Redação redegn Foto redes sociais
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