A curadora do espaço infantil da Bienal do Livro da Bahia, Mira Silva, em conversa com a imprensa ressaltou que o público gosta de ler e gosta de livros. A dificuldade, segundo apontou, é de acesso a material, a bibliotecas.
"Um evento como esse, como a Bienal e as festas literárias, elas vêm justamente para ocupar esse espaço, para fazer esse encontro. Por isso que quando você viu a Bienal há dois anos atrás, foi aquele estouro, os espaços todos lotados. O que a gente não pode dizer hoje é que as pessoas não gostam de livro, que as pessoas não gostam de ler. A gente tem dificuldade de acesso", comentou.
Ela destacou a importância de as crianças também se reconhecerem nos espaços como o da Bienal do Livro. "Eu trabalho com literatura infantil há um bom tempo. Eu acho muito importante, pois a gente está cansado de dizer que no país pouco se lê: a gente tem uma educação deficitária, a gente tem acesso ao livro difícil, poucas bibliotecas. [...] Então, quando a gente possibilita esse acesso, esse encontro, a gente vê isso explodir de uma forma tão espetacular", comentou.
"Quando eu penso a programação, eu penso a partir desse lugar, a partir do lugar de onde eu venho, que história eu quero contar para essas crianças para que as crianças se vejam ali quando elas chegam. Quando elas chegam no espaço, elas entendem que é possível: é possível ser escritora, é possível ser escritor. A gente também desenha possibilidades de mundo e isso não tem preço", declarou a curadora.
Bnews Foto Agencia Brasil
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