Diocese de Juazeiro se pronuncia sobre a prisão de Padre acusado de estupro

A Diocese de Juazeiro vai se pronunciar na tarde desta terça-feira (20), sobre a prisão do Padre Antônio Desidério que foi preso na manhã de hoje acusado por estrupo de vulnerável.

A vítima, de acordo com informações é um menino de 14 anos. 

O estupro de vulnerável é um crime previsto no artigo 217 - A, do Código Penal, e tipifica qualquer pessoa que mantenha conjunção carnal ou pratique outro ato libidinoso com menor de quatorze anos.

Questionado pela REDEGN a assessoria da Diocese de Juazeiro antecipou que "uma nota será enviada à imprensa ainda na tarde desta terça-feira". 

De acordo com o Boletim de Ocorrencia o crime ocorreu no interior da Casa Paroquial do bairro Santo Antônio, em Juazeiro, após a missa do último dia 02.

A família da vítima denunciou os fatos a Polícia Civil de Juazeiro no último dia 04. Já havia um mandado de prisão em aberto, o padre foi preso e será encaminhado para o Conjunto Penal de Juazeiro.

Até o momento as advogadas do padre acusado pelo crime não se pronunciaram.

Confira a nota enviada em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), presentes em Salvador/BA.

NOTA DE ESCLARECIMENTO EM NOME DA CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR (MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS EM SALVADOR/BA)

Em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), presentes em Salvador/BA, informamos da prisão preventiva de um de nossos confrades, o sacerdote Antônio Deziderio Frabetti Vieira, conhecido como Pe. Toninho, em decorrência de uma acusação, ainda em fase de inquérito policial, portanto sob a égide da presunção de inocência, garantida pelo artigo 5°, inciso LVII da Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Vimos, por conseguinte, em nome da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), por meio desta, afirmar:

Nosso apoio integral e incondicional às vítimas, em consonância com as orientações emanadas da Igreja e do seu Sumo Pontífice, o Papa Francisco, mormente aquelas contidas na Carta Apostólica Sob Forma de "Motu Proprio" Sobre A Proteção dos Menores E das Pessoas Vulneráveis, de 26/03/2019, que estabelecem os seguintes princípios, a nortear a conduta dos religiosos, in verbis:

“A tutela dos menores e das pessoas vulneráveis faz parte integrante da mensagem evangélica que a Igreja e todos os seus membros são chamados a espalhar pelo mundo. De facto, o próprio Cristo confiou-nos o cuidado e a proteção dos mais pequeninos e indefesos: «Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe» (Mt 18, 5).

 [Deseja], pois, reforçar ainda mais o ordenamento institucional e normativo para prevenir e contrastar os abusos contra os menores e as pessoas vulneráveis a fim de que [...]:

— se reconheça a quantos afirmam ter sido vítimas de exploração, abuso sexual ou maus-tratos, e também aos seus familiares, o direito a ser recebidos, ouvidos e acompanhados;

— se ofereça às vítimas e às suas famílias um cuidado pastoral apropriado e também um adequado apoio espiritual, médico, psicológico e legal (...)”

Ao mesmo tempo, afirmamos nosso suporte e acompanhamento fraternal a nosso confrade, nos termos do mesmo “Motu Proprio” do Papa Francisco, acima citado, para que “se garanta aos arguidos o direito a um processo équo e imparcial, no respeito pela presunção de inocência e também pelos princípios de legalidade e proporcionalidade entre o delito e a pena”.

Declaramos estar à disposição das autoridades para prestar auxílio ou esclarecimento dos fatos, dentro das nossas possibilidades.

Salvador, 20 de fevereiro de 2024.

 

 

redação redegn