Apesar de prometer que, até o fim de 2023, reduziria a fila de espera de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o máximo de 45 dias, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, encerrou o ano sem cumprir o compromisso. Lupi seguiu garantindo que cumpriu a meta, mas os últimos dados disponíveis apontam que a fila teve redução de cerca de 1,8 milhão de pedidos de aposentadorias para pouco mais de 1,6 milhão.
Os dados são do Portal da Transparência Previdenciária, lançado em julho e que, ainda tinha números de setembro, uma defasagem superior a três meses nas informações. Questionado durante entrevista ao Podcast do Correio, na metade do mês passado, Lupi insistiu que os dados do Portal eram atualizados mensalmente, todo dia 10, sempre com as informações do mês anterior.
Contudo, quando confrontado com os dados do site, admitiu que "tem alguma falha". "Já saiu o de outubro e o de novembro que não saiu ainda", disse. O ministro garantiu que já tinha fechado os números dos meses posteriores, e garantiu que eles indicavam a redução na fila dos benefícios e garantiu que todos os dados seriam divulgados no portal.
"Nós tivemos, em março, 1,8 milhão de pedidos, em média, as pessoas esperando 110 dias e tinha gente que esperava mais. Hoje, a média é de 49 dias, e eu garanto que vai chegar em 45 dias", disse Lupi em dezembro. Ele brincou que ainda tinha duas semanas para atingir a meta prometida.
Dentro do Ministério da Previdência, mesmo em conversas reservadas com servidores, o assunto da fila é um tema delicado, apesar de admitirem que, quando divulgados, os números mostraram melhora, mas deixam claro que, apesar dos esforços, os resultados ainda são pequenos, muito distantes do compromisso assumido por Lupi no início do governo.
A REDEGN tentou contato para aputrar informações com a Agência do INSS, localizada na Avenida Adolfo Viana mas não obteve sucesso. Também foi enviado mensagem via contato telefonico para a assessoria de imprensa do INSS em Salvador e aguarda resposta sobre a atual situação em Juazeiro Bahia.
Correio Braziliense Foto Arrquivo REDEGN Ney Vital
1 comentário
02 de Jan / 2024 às 13h49
Srs leitores. Todos os serviços de direito da sociedade brasileira, o estado brasileiro, é inoperante, não acompanhou desenvolvimento, aumento populacional, e com isso, muitíssimo difícil de ao menos, minimizar os transtornos. Isso é todos os níveis da administração pública, infelizmente não funciona, piora mais ainda, quando pessoa que está a frente, não é gestor, tá lá, única exclusivamente para fazer política partidária.Tem também, qdo projeto tende a dá certo, em uma gestão, noutra, não sequência só pelo fato, de ser adversário político.