O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta quinta-feira (26) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e econômico pelas comemorações de 7 de setembro de 2022. Se o voto do ministro relator prevalecer, Bolsonaro será condenado à inelegibilidade por 8 anos, pela segunda vez.
Gonçalves entendeu que Bolsonaro usou a estrutura do evento para promover sua candidatura à reeleição. Bolsonaro também foi multado em R$ 425 mil.
Após o voto do ministro, o julgamento prossegue para a tomada dos votos dos demais seis ministros do TSE.
Segundo o ministro, em Brasília as irregularidades aconteceram por meio de uma entrevista de Bolsonaro à TV Brasil, usando a faixa presidencial, antes do início do desfile; pela autorização do governo para que tratores de agricultores apoiadores do ex-presidente participassem do desfile militar; participação do empresário Luciano Hang no palanque oficial e autorização para entrada de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios para realização do comício de Bolsonaro após o desfile.
No Rio de Janeiro, segundo o relator, as irregularidades ocorreram com o deslocamento de Bolsonaro, no avião presidencial, para participar de outro comício, paralelo ao evento cívico-militar e pela transferência inédita do desfile militar do centro da cidade para a orla da praia de Copacabana, local que se caracterizou pela presença de apoiadores de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
"Restou demonstrada a pratica de condutas de extrema gravidade, tanto sob a ótica das condutas vedadas prevista em lei, quando sob a ótica do abuso de poder político e econômico”.
O ministro também votou pela aplicação de multa de R$ 212 mil ao general Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro. Para Gonçalves, o candidato teve ciência das irregularidades e participou dos comícios.
Nas ações, o PDT e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) pedem a inelegibilidade de Bolsonaro, além da aplicação de multa, pela acusação de utilização das comemorações do Bicentenário da Independência, em Brasília e no Rio de Janeiro, para promover sua candidatura à reeleição nas eleições de outubro do ano passado.
Defesa-Na primeira sessão do julgamento, realizada na terça-feira (24), a defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente não usou a comemoração do 7 de setembro para sua candidatura.
De acordo com a defesa, Bolsonaro deixou o palanque oficial e foi até outra parte da Esplanada dos Ministérios, onde um carro de som estava preparado pela campanha, sem vinculação com o evento cívico.
Agencia Brasil
3 comentários
26 de Oct / 2023 às 13h43
Esse relator e aquele que falou quando Bolsonaro perdeu as eleições:missão dada é missão cumprida.kkkkkk e o maior ladrão da história do país hoje tá solto e virou presidente
26 de Oct / 2023 às 20h51
Srs leitores. Esse é o Brasil,e, a cada dia, mais difícil de entender. Vejamos: A ex presidente Dilma, teve cassado o seu mandato, não irei entrar no mérito da questão, mas, foi, inclusive com acompanhamento de representante do STF. Depois, o atual presidente da República, após ter sido preso, por diversos motivos, vários procedimentos judiciais,em seu desfavor, mas, por motivo que nem próprio Judiciário explica, participou da eleição, ou seja, não tiveram inelegibilidade, mas, o presidente, que antecedeu ao atual, por conta dia 7/09/2022, após desfile, ter participado evento participação
26 de Oct / 2023 às 20h58
Participação grandiosissima da população brasileira, pode ficar inelegível por que eles do sistema, assim desejam. Em um país verdadeiramente Democrático, já que dizem nesse caso, que o poder emana do povo, em não tendo feito absurdo com erário público, como Corrupção, desvio recursos,entre outros, o povo é que tem que julgar. No meu caso, em sendo daqui de Juazeiro, nós exercitamos nível local, há anos, confronta se votar no DOIDO ou no LADRÃO. Nunca votei em Ladrão, corruptos, pois, CORRUPÇÃO, é o câncer da nação