O ofício de sapateiro é muito antigo e de início era discriminado, comparado ao ofício de curtidores e carniceiros. O cristianismo fez com que essa situação se se reverte com o surgimento de três santos sapateiros: Aniano, sucessor de São Marcos como arcebispo de Alexandria (século I), e os irmãos Crispim e Crispiniano, martirizados em Saisson sob Domiciano.
Por muito tempo, os sapateiros continuaram trabalhando de forma artesanal. O início da uniformização e da padronização começou na Inglaterra, quando em 1305, o rei Eduardo I estabeleceu medidas uniformizadas e padronizadas para a produção de sapatos.
O Rei decretou que uma polegada fosse considerada como a medida de três grãos secos de cevada, colocados lado a lado. Os sapateiros da época compraram a idéia e passaram a fabricar seus calçados seguindo as medidas do rei. Assim, um par de sapatos para criança que medisse treze grãos de cevada, passou a receber o tamanho treze. A partir daí a padronização tornou-se uma tendência mundial. Na idade moderna, surgem e crescem o número de indústrias produtoras de sapatos. Hoje, os sapateiros artesanais têm que disputar com as grandes indústrias de calçados ou trabalham apenas com concertos.
O primeiro sapato - O primeiro calçado foi registrado na história do Egito, por volta de 2000 a 3000 a.C.. Trata-se de uma sandália, composta por duas partes, uma base, formada por tranças de cordas de raízes como, cânhamo ou capim, e uma alça presa aos lados, passando sobre o peito do pé. Os sapateiros atuais não são mais aqueles que fabricam sapatos, mas sim consertam. A profissão de sapateiro, como fabricante de sapatos, está praticamente extinta. A importância dos sapatos não representa mais, em primeiro plano, a proteção. O uso do sapato passa a revelar fetiches, tendências e modas nas pessoas. O sapato sob medida, entretanto, passou a ser coisa do passado. Mesmo assim, encontramos alguns remanescentes dessa técnica pelo caminho. A razão desta extinção se dá pela industrialização e produção em série, que tomaram conta do mercado. Neste caso, as pessoas não fazem mais sapatos personalizados, mas compram prontos nas lojas.
UAZEIRO (BA)
Em Juazeiro (BA), Paulo e Edivan, profissionais da Reformadora de Calçados Oliveira, na Travessa Antônio Luís Ferreira, centro da cidade, herdaram a profissão do pai que consequentemente herdou do avô e fazem o ofício com maestria. “Nós amamos aquilo que nós fazemos. E mesmo com todas as dificuldades com a ajuda de Deus temos conseguido sobreviver dessa profissão” revelou Paulo que desde os 10 anos, hoje com 44 anos, trabalha como sapateiro.
Aos sapateiros, no seu dia, as homenagens de toda equipe da Rede GN
Fonte: UFGNet
1 comentário
25 de Oct / 2023 às 18h53
Parabéns aos ilustres profissionais da arte magnífica do bem cuidar dos nossos passos, Deus abençoe