O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mobiliza 140 dos 184 municípios de Pernambuco para ampliar a cobertura vacinal de crianças. Segundo a instituição, entre 2019 e 2021, três em cada dez crianças não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente que podem matar. Os dados são do Ministério da Saúde.
Para discutir estratégias de identificação de meninas e meninos não vacinados ou com atraso vacinal para assegurar a imunização, será realizado o encontro chamado de “Imunizar é cuidar: quem ama vacina”, na terça (17) e quarta-feira (18), das 8h30 às 16h, no auditório da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), na Zona Oeste do Recife.
O encontro faz parte das capacitações do Selo Unicewf, uma das principais iniciativas do UNICEF para a garantia de direitos de meninas e meninos na Amazônia Legal e no Semiárido. Até novembro, a capacitação acontece em 18 estados.
Serão discutidas boas práticas municipais e será apresentada a estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV), disponibilizada gratuitamente pelo fundo para fortalecer o trabalho de identificação de crianças e adolescentes não vacinados, assim como a adoção de medidas para garantir a atualização da carteira de vacinação.
A Busca Ativa Vacinal é uma estratégia para colaborar com municípios na garantia da imunização infantil.
Usando uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica, que será disponibilizada gratuitamente para municípios, a iniciativa tem vários objetivos:
Contribui para identificar crianças menores de 5 anos com atraso vacinal ou não vacinadas;
estabelecer estratégias para encaminhamento delas aos serviços de saúde e atualizações de vacinação;
monitorar a cobertura vacinal e acompanhar a situação vacinal da população alvo
e identificar e responder a vulnerabilidades que levam à não vacinação.
As coberturas vacinais de rotina, que já vinham sofrendo uma redução antes da pandemia, foram agravadas pelo período pandêmico.
Em Pernambuco, em apenas três anos, entre 2019 e 2021, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) caiu de 101% para 69,6% no estado.
Além da Tríplice Viral, a cobertura da vacinação contra poliomielite também caiu de 85,6%, em 2019, para 66%, em 2021.
No Brasil, no mesmo período, a cobertura vacinal da Tríplice Viral D1 caiu de 93,1% para 71,49%, e a cobertura da vacinação contra poliomielite caiu de 84,2% para 67,7%, o que significa que três em cada dez crianças no país estão sem proteção adequada e demandam ação urgente.
Como recomendação do Ministério da Saúde, seguida pela metodologia do Selo UNICEF, os municípios precisam chegar a uma cobertura de 95% das crianças vacinadas.
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