A despedida do médico Perseu Ribeiro Almeida, morto em um ataque a tiros em um quiosque no Rio de Janeiro, parou a cidade de Ipiaú, no sul da Bahia, na manhã deste sábado (7). O velório foi encerrado quando o caixão foi levado em cortejo para o Cemitério Jardim da Saudade, onde foi sepultado sob forte comoção.
O comércio local fechou as portas para se despedir do conterrâneo e também como forma de protesto, para pedir paz. O clima de luto tomou conta do município, que tem apenas 46 mil habitantes.
Antes das 7h, horário estabelecido pela família para que outras pessoas pudessem acessar o espaço onde o corpo foi velado, já havia uma grande quantidade de moradores no local. Em poucos minutos, uma multidão se reuniu para se despedir de Perseu.
O baiano era conhecido em toda a cidade e visto como uma pessoa querida e caridosa, que atendia até quem não podia pagar pelos serviços médicos.
O corpo do baiano foi transportado em um voo fretado e chegou ao aeroporto de Ipiaú no fim da tarde de sexta-feira (6). De lá, seguiu para o Salão da Maçonaria, onde foi velado durante toda a noite de sexta e madrugada de sábado, por amigos e familiares.
A assessoria do governador do estado, Jerônimo Rodrigues, confirmou que ele esteve no local e prestou condolências para os parentes.
A polícia acredita que Perseu foi sido confundido com um miliciano e, por isso, foi morto a tiros em um quiosque em frente ao local onde se hospedou.
Um dia antes de morrer, ainda na Bahia, Perseu encontrou familiares durante a comemoração do seu aniversário de 33 anos. Na ocasião, segundo o tio, o médico revelou que se preparava para realizar um dos sonhos do pai, que morreu em um acidente automobilístico em 2013: abrir uma nova clínica de ortopedia na cidade de Ipiaú.
g1 Ba Foto reprodução
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