O professor Rafael Torres, presidente do sindicato dos docentes da Univasf. rebate, através de nota respota, as acusações enviadas pela leitora da REDEGN (Clique para Leitora questiona UNIVASF com a pauta "definição sobre redução de vagas e qual semestre letivo de 2024 será cancelado". Univasf responde).
O professor justifica que "Ontem foi publicada uma nota no blog Geraldo José, que, pelo entendimento da assessoria jurídica, fere a honra dos docentes da instituição.
"Desta forma, gostaria que, por gentileza, o blog pudesse publicar nossa nota de resposta, com esclarecimentos ao que foi apresentado de forma caluniosa e mentirosa"., afirma Rafael Torres.
Confira na integra a NOTA RESPOSTA: SEÇÃO SINDICAL DOS DOCENTES DA UNIVASF (SINDUNIVASF):
A SINDUNIVASF (Sindicato dos Docentes da Univasf) gostaria de rebater a carta de uma leitora publicada neste blog, no dia de ontem, sugerindo que professores da Univasf receberam salários sem trabalhar na pandemia. Esta informação é caluniosa e não condiz com a verdade. Os professores da Univasf trabalharam sim durante a pandemia, inclusive, foi criado um período letivo suplementar em 2020, no qual as aulas foram ministradas de forma remota. Vale destacar que os professores não tiveram nenhum apoio do governo federal para isto, tendo que usar seus recursos próprios para proporcionar estas aulas online, como energia elétrica, computadores, câmaras, microfones, entre outros materiais tecnológicos. Também gostaríamos de esclarecer que os professores universitários não trabalham apenas ministrando aula em sala de aula. Eles também trabalham com pesquisa, orientando alunos de graduação e pós-graduação, gerando tecnologias e conhecimentos que beneficiam toda a sociedade. Ademais, também trabalham com projetos de extensão universitária, atendendo diversos segmentos e comunidades, levando tecnologia, formação e conhecimento para a sociedade. Ou seja, o fato de não estar ministrando aula, por algum motivo, não implica em falta de trabalho para o professor Universitário. Inclusive, na Universidade existe órgãos de controle independentes que fiscalizam isso.
Sobre o cancelamento de um semestre em 2024, esta decisão não foi feita de baixo dos panos, como sugerido pela leitora, na verdade, ela foi discutida com toda comunidade acadêmica, inclusive com a realização de lives disponíveis no youtube para tratar deste tema. O conselho universitário da Univasf não é composto apenas por professores, mas também por representantes dos alunos, da comunidade externa e dos técnicos administrativos, ou seja, eles também tinham conhecimento e participaram do processo de decisão.
A Univasf não é a única instituição a adotar o cancelamento de um semestre para regularizar o calendário acadêmico. A Universidade Federal Rural de Pernambuco também adotou esta medida. Esta decisão também foi escolhida pela Univasf, para que este calendário seja regularizado de forma imediata. Da forma como estar, os estudantes aprovados no SISU estão aguardando em torno de 9 meses para iniciar os seus cursos, uma vez que os semestres letivos não estão acompanhando o calendário civil. Sendo assim, está ocorrendo muita evasão escolar, muitos alunos não suportam esta espera e estão desistindo de cursar os cursos. Muitos cursos estão iniciando turmas com número reduzido de alunos, causando prejuízos aos cofres públicos. A outra proposta estudada, com redução do calendário acadêmico para 85 dias, não resolverá este problema, de atraso para o início dos semestres, o que só ocorreria em dois anos. Até lá vamos continuar com este prejuízo, de cursos esvaziados. Além disso, com a redução do calendário para 85 dias, não há carga horária suficiente para os docentes ministrarem suas aulas adequadamente, a oferta do conteúdo fica comprometida. Consequentemente, a qualidade na formação dos alunos fica comprometida, prejudicando a qualidade dos profissionais que sairão da instituição, sem revolver, de imediato, o problema no atraso do calendário. Por isso, esta alternativa não foi escolhida pelo Conuni.
Também é importante esclarecer que nem todos os cursos vão deixar de ofertar vagas com o cancelamento de um semestre em 2024. Alguns cursos planejam manter as ofertas, outros, infelizmente, não poderão, por falta de espaço e por excesso de carga horário aos docentes. No entanto, alguns cursos estudam aumentar a oferta de vagas que eles normalmente fazem em cada entrada para tentar diminuir os prejuízos. De toda forma, enfatizamos que, com o cancelamento de um semestre em 2024, não haverá paralização das atividades na universidade. As aulas continuarão normalmente, só que em vez de serem ofertadas disciplinas de um semestre, serão ofertadas de outro. E logo depois disso, o calendário será regularizado e, em 2025, teremos a oferta de dois semestres normalmente, com entrada começando logo no começo do ano, de acordo com o calendário civil.
Por fim, na carta também foi relatado que o problema do atraso no calendário da Univasf foi em decorrência de problemas políticos internos, envolvendo o processo de intervenção com o reitor pro tempore. Na verdade, sim, houve maiores dificuldades para a Univasf neste processo de retorno, pois coincidiu de a pandemia ter ocorrido quando começou essa intervenção. E o interventor, de forma drástica, mudou toda a administração superior da univasf, assim que ele assumiu o cargo, sem fazer um processo de transição, o que seria mais prudente. Desta forma, demorou-se para que os setores administrativos da Univasf pudessem funcionar plenamente, e, com isso, houve maiores dificuldades para que a instituição pudesse responder aos desafios da pandemia. Vale destacar que foi o próprio Conselho Universitário que tomou as rédeas deste processo, e criou uma comissão para elaborar um plano de retorno gradual as atividades presenciais.
A SINDUNIVASF respeita o direito de expressão e de contraditório, mas repudia veemente qualquer tentativa de atentar contra a honra dos docentes da Univasf e de intimidação. Exigimos responsabilidade e respeito. A assessoria jurídica da SINDUNIVASF está atenta a qualquer ação neste sentido e vai tomar as devidas medidas legais cabíveis contra quem queira usar deste expediente.
Petrolina, 06/10/2023 Rafael Torres de Souza Rodrigues-Presidente da SINDUNIVASF
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