A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) divulgou uma nota comunicando a falta de água no Campus Ciências Agrárias (CCA) em Petrolina, Sertão Pernambucano.
De acordo com a instituição, ao longo da semana, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) encaminhou carros-pipas para solucionar o problema de forma emergencial.
Para a aluna do curso de Medicina Veterinária, Bruna Barbosa, a situação causa prejuízos estruturais e de aprendizagem para os estudantes.
"Os prejuízos são imensos, porque é um campus afastado, então nós não temos nenhuma estrutura próxima de comércio. Falta água para beber, falta água nos banheiros e a condição fica insalubre. Não tem água para dar descarga, não tem água para lavar as mãos e muitas vezes a falta de água continua por vários dias. Além disso, falta água para os laboratórios, porque é preciso de água para utilizar em diversas aulas práticas".
Na nota, a Univasf reconheceu a gravidade do problema neste momento de aumento na temperatura e registros de baixa umidade do ar, pediu desculpas para a comunidade acadêmica e informou que estuda soluções. "Esta gestão, desde o princípio, estabeleceu contato com a Compesa com o objetivo de buscar uma solução definitiva para o problema do abastecimento irregular, que tanto prejudica a execução das atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e gestão no Campus Ciências Agrárias. Uma das ações apresentadas pela Compesa com vistas a solucionar o problema é a instalação de uma bomba no bairro Quati para aumentar a pressão da água que chega no campus".
Os estudantes esperam que a Universidade busque apoio dos poderes públicos e autoridades para regularização do abastecimento no campus.
"Eu sinceramente acho que deve ser cobrada uma revisão sobre o contrato que a universidade tem com a Compesa, inclusive porque essa falta de água traz problemas não só de saúde, mas problemas financeiros. São projetos que têm dinheiro investido e que muitas vezes são atrasados ou algumas fases são perdidas por falta de água. É preciso que a Univasf se conecte novamente à Câmara de Vereadores para que os poderes públicos possam pressionar a Compesa para que ela cumpra o que é predeterminado em contrato, além de verificar a viabilidade jurídica de aplicação de multa sobre a Compesa, acionar o Ministério Público para que ele implique sanções à pelo não fornecimento de um serviço básico, que é água", destacou Bruna Barbosa.
O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Compesa para saber se a solicitação de mais carros-pipa feitas pela Univasf foi atendida e se há alguma previsão de solução definitiva do problema de abastecimento no campus, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
g1 petrolina
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