Os assassinos da líder quilombola Bernadete Pacífico, usaram armas de calibre 9 mm, que desde julho voltaram a ser de uso restrito às forças de segurança. A informação foi divulgada pela delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista coletiva, no começo da tarde desta sexta-feira (18). O crime ocorrido na noite da última quinta-feira (17), será investigado por uma força-tarefa.
"A perícia localizou vários vestígios de calibre 9mm. Por essa ser uma arma de uso restrito, ela é usada por indivíduo de índole mais violenta, que tem coragem para cometer o crime, o que requer uma atenção maior da investigação", disse a delegada.
Apesar da restrição do uso de 9mm, o novo decreto do governo federal, publicado em julho, garante a posse e a possibilidade de utilização dos acervos adquiridos sob a regra anterior, desde que atendidos os critérios da concessão do registro e atividade exercida.
Ainda de acordo com a policial, ainda não há uma linha de investigação definida. A relação com a morte do filho de Bernadete, ocorrida há sete anos, também por disparos de arma de fogo, é uma das hipóteses. Ela ainda citou a hipótese do conflito de terra.
De acordo com a Polícia Civil, estão envolvidos os departamentos de Polícia Metropolitana (Depom); de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc); de Inteligência Policial (DIP) e Coordenação de Conflitos Fundiários (CCF).
A polícia destacou ainda que as investigações, que foram reforçadas, usarão toda tecnologia disponível, junto com as perícias realizadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). No momento em que foi assassinada, Bernadete Pacífico estava com três netos.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o crime foi cometido por dois homens. Usando capacetes, os suspeitos entraram no imóvel onde estava a ialorixá e efetuaram disparos com arma de fogo.
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