O julgamento de Alcides Alves de Souza, um dos acusados de assassinar o auditor fiscal da Fazenda da Bahia, José Raimundo Aras, foi adiado para o dia 24 de maio. O Tribunal do Júri estava previsto para a manhã desta terça-feira (7), na Comarca de Petrolina, em Pernambuco.
A defesa de Alcides pediu que o procedimento fosse adiado, pois o advogado principal do réu está doente. A juíza deferiu o pedido do réu, mas manteve o julgamento de mais dois acusados de envolvimento no homicídio qualificado do auditor.
O conselho da sentença é composto por seis homens e uma mulher. Eles serão os responsáveis por julgar os réus Francisco de Assis Lima e Carlos Alberto da Silva Campos. No dia 29 de novembro do ano passado, um dos acusados do homicídio, Carlos Robério Vieira Pereira, foi condenado a 18 anos de prisão. José Raimundo Aras morreu em 1996, no quintal de sua casa, após ser alvejado por seis disparos a queima roupa. Ele investigava um esquema de sonegação de impostos entre a Bahia e Pernambuco, que ficou conhecido como a Máfia do Açúcar. O crime teria sido encomendado por atacadistas do açúcar da região do sertão do São Francisco. O auditor também era sociólogo e pai do procurador da República Vladimir Aras, que acompanha o julgamento.
O Caso
A Justiça pernambucana anulou a decisão do júri ocorrido em 2013, em Petrolina, que absolveu os acusados Alcides Alves Bezerra e Carlos Alberto Campos sob fundamento de manifesta contrariedade do veredito com a prova dos autos. Depois de serem absolvidos em júri popular, os dois acusados de integrarem a chamada ‘Máfia do açúcar” vão a novo julgamento.
O caso tramita na justiça de Pernambuco desde 1996. Em 08 de outubro de 1996, na presença de sua esposa, o auditor fiscal José Raimundo Aras foi assassinado por um pistoleiro no jardim de sua casa, sendo alvejado por diversos tiros. O auditor investigava a chamada “Máfia do açúcar”, envolvendo casos de sonegação fiscal na divisa entre Bahia e Pernambuco por parte de empresários atacadistas. As investigações apontavam que os empresários estavam na lista de compradores de açúcar com notas frias para sonegar ICMS.
Alcides Alves Bezerra, Carlos Alberto Campos e Francisco Assis Barreto foram apontados, como mandantes do crime. Francisco Assis foi condenado a 17 anos de prisão, enquanto Alcides Alves e Carlos Alberto foram absolvidos.
Nesta quarta-feira (9), o alvo do julgamento seria Alcides. O júri de Carlos Alberto ainda não foi marcado.
Fontes: Bahia Notícias e Preto no Branco
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