O Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (Constesf) deu o primeiro passo para a concessão dos serviços de coleta, tratamento, transbordo, reciclagem e destinação de resíduos sólidos, um problema grave em toda região e os desafios para os municípios brasileiros.
Na última segunda-feira (18), representantes dos nove municípios que compõem o Consórcio (Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Canudos, Curaçá, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá), reunidos com representantes da Caixa e da Presidência da República na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em Juazeiro (BA), debateram os detalhes do projeto, que será elaborado por um consórcio de consultores, tendo à frente a empresa Benvenuto Engenharia, de São Paulo.
O Constesf é o segundo consórcio baiano de municípios e um dos 39 em todo o país que atenderam à convocação da CEF e da Secretaria de Parcerias da Casa Civil da Presidência, para a elaboração de projetos que permitirão realizar licitações cobrindo todo o ciclo de resíduos sólidos. Os consórcios terão até o final de 2024 para realizar as licitações.
O investimento no projeto de concessão do Constesf é na ordem de R$ 7 milhões, recursos da CEF. O objetivo é que os recursos sejam recuperados com investimentos privados na licitação.
Parte dos investimentos será destinada à educação ambiental e a comunicação com as comunidades, para sanar todas as dúvidas sobre o projeto.
"O objetivo será sempre trabalhar com toda a transparência", afirmou, no encontro de Juazeiro, o representante da Caixa matriz, Miqueias Assunção.
"O processo deverá gerar melhores serviços e criar mercado, valor e postos de trabalho em áreas como reciclagem e aproveitamento dos resíduos, beneficiando, inclusive, as cooperativas de catadores", concluiu Lucas Benvenuto, representante do consórcio que irá elaborar o projeto de concessão.
"Este é um sonho realizado", comemorou o Presidente do Constesf, Cleivynho Sampaio, Prefeito de Sobradinho.
"É uma grande conquista. Este é um sonho realizado, principalmente para os pequenos municípios, que têm muitas dificuldades para cumprir as determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Como gestores, somos muito cobrados pelo Ministério Público e pelos cidadãos e cidadãs, mas as dificuldades são enormes e temos muitas limitações de recursos. É uma ação importante e de alto investimento. Nós também nos cobramos, porque temos pressa para eliminar os lixões. Este consórcio é a solução ", disse Cleivynho.
Ascom PMS
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