O novo presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Glauco André Fonseca Wamburg, ainda interinamente na função, conversou com o Correio sobre a dificuldade da instituição em cumprir a meta prometida pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, em controlar a fila de espera pela concessão de benefícios.
Entre as razões para o quadro caótico, mostrado pelo Correio em uma série de reportagens, está a perda de mais da metade dos servidores do Instituto nos últimos 10 anos. A solução esperada é o ingresso, até o próximo mês, de mais de mil aprovados no concurso público realizado ainda no governo Bolsonaro.
Atualmente, cerca de 1,8 milhão de segurados aguardam pela análise de pedidos ao INSS. A maior parte relacionada à perícia médica federal, que contabiliza mais de 1 milhão de agendamentos. Desde 2019, o setor não faz mais parte do INSS, e a associação dos médicos peritos da previdência vem declarando guerra à maioria das iniciativas do atual ministro.
Mesmo sem a gestão dos médicos, o presidente do Instituto aposta que as medidas prometidas pelo Ministério de implementar convênios com o SUS e outros órgãos, além da implementação da teleperícia, serão suficientes para dar vazão às demandas represadas.
Apesar da situação, Glauco aponta que a fila ainda é gerenciável. O que se deve à digitalização e ao ganho de eficiência, frutos do investimento feito pelo INSS nos últimos anos.
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