Pedalar é uma atividade que, além de contribuir para a mobilidade urbana sustentável, oferece inúmeros benefícios ao corpo humano. Pensando nisso, para promover o uso da bicicleta no dia a dia de diferentes pessoas, 3 de junho foi instituído como o Dia Mundial da Bicicleta, em 2018, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde de 2018, ferimentos associados ao trânsito representam a oitava causa de morte no mundo e a primeira entre crianças e jovens de 5 a 29 anos. Só no Brasil são mais de 30 mil mortos todos os anos.
"Pedestres e ciclistas são as principais vítimas dessa realidade. É urgente que o poder público tome iniciativas para proteger essas vidas. Trata-se de uma pauta de saúde pública", cita a diretora financeira do UCB.
Buscando adequar a velocidade em áreas urbanas, o projeto Vias Seguras da União dos Ciclistas do Brasil (UCB) está em discussão na Câmara dos Deputados.
Diretora financeira da UCB, Ana Carboni espera que a tramitação do projeto de lei seja realizada de forma rápida, mas entende que o tema precisa ser discutido mais profundamente. "As pessoas precisam observar que isse é algo que vai ser positivo para todo mundo. O custo das mortes e lesões no trânsito é bastante alto", pontua.
O PL 2789/2023 foi protocolada pelo deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), que altera a Lei nº 9.503 que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), modificando o Artigo 61, que determina as velocidades em vias urbanas e rurais, o Artigo 218, que estabelece a fiscalização de velocidades e o Artigo 280, que prevê as autuações por excesso de velocidade. Ana Carboni frisa que a UCB está bem próxima do governo para que possam efetivar esse plano. "A ideia é realizarmos esta mudança no CTB, para que consigamos também trabalhar em como estabelecer velocidades em vias, onde há o trânsito de veículos e pessoas", salienta.
A representante do UCB expõe que a alta velocidade é diretamente responsável pela causa e agravamento de colisões no trânsito. "Quanto maior a velocidade, maior a gravidade de todas as pessoas envolvidas. O campo de visão periférico do motorista também é reduzido nesses momentos", revela.
A bicicleta é um transporte de baixo custo, que previne o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis e que têm relação direta com sedentarismo, com a obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares. "O ciclismo é um esporte mas não é a única forma de uso da bicicleta, o brasiliense a utiliza para lazer, transporte e alguns são ciclistas. Além da vantagem de ser um veículo que não gera poluição, é eficiente no horário de engarrafamentos e garante ao usuário melhor qualidade de vida", aponta a coordenadora.
Correio Braziliense
0 comentários