O 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma doença que não apresenta sintoma e causa cegueira irreversível, mas que pode ser prevenida por meio de exames e tratada a tempo se for diagnosticada por um especialista.
Por isso, é tão importante ter uma data para conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil, de acordo com oftalmologistas que atuam nos hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O médico Francisco Ferraz, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), explicou que o glaucoma, geralmente, está associado à pressão intraocular elevada, sendo que alguns fatores de risco são: pressão intraocular acima de 21 mmHg, idade a partir de 40 anos, raça negra, parentes de primeiro grau com a doença, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, enxaqueca, uso crônico de corticoides, alta miopia e traumatismos oculares. "Muitas vezes, os pacientes somente se queixam de perda visual numa fase avançada da patologia", acrescentou.
"A gente tem que se antecipar à doença o mais cedo possível, porque o que a pessoa perder de visão não volta mais, mas é possível frear esse processo de perda", complementou Tiago Tomaz de Souza, chefe do ambulatório de glaucoma no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), de Santa Catarina. Na instituição, são feitos o diagnóstico e o acompanhamento do paciente, que pode ser encaminhado para o programa de fornecimento de medicamentos, desde que chegue ao hospital regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O oftalmologista Roberto Freitas de Castro Leão, que atua no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), que faz parte do Complexo Universitário da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), explicou que o programa de dispensação de medicamentos é importante porque, como a doença não tem cura mas tem controle, o paciente tem que fazer uso de colírios que, muitas vezes são caros.
"No Bettina, a gente consegue fornecer toda classe de medicamentos para glaucoma, além de fazer todo o atendimento de média e alta complexidade, atendendo pacientes em casos mais complexos e com indicação de cirurgia por exemplo, ou acompanhando casos de glaucoma congênito", explicou.
Mutirão com demanda regulada na Policlínica da Univasf -Na manhã do dia 27 de maio, um mutirão com demanda de pacientes encaminhados via Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina-PE, será realizado sob organização de discentes do curso de Medicina do Campus Sede da Univasf, docentes do Colegiado de Medicina e oftalmologistas parceiros.
Serão providenciados, no prédio da Policlínica da Univasf, exame físico oftalmológico, mensuração de acuidade visual, testes de reflexos e de ângulo camerular, dilatação pupilar, exame do fundo de olho, tonometria ocular, biomicroscopia ocular, além do fornecimento de orientações e cuidados.
Um exemplo de atendimento de alta complexidade, envolvendo tecnologia avançada, de altos custos e que apresenta resultado expressivos no controle da doença é o Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), de Vitória (ES), segundo a oftalmologista Sheyna Reis da Silva Mattos, que atua no hospital e é especialista em glaucoma.
"Esta estrutura do Hucam tem o objetivo de proporcionar serviços de qualidade à população e atendimentos para casos mais avançados que muitas vezes requerem procedimentos cirúrgicos", disse a especialista. Ela fez questão de divulgar a importância da conscientização, destacando o evento educativo chamado "24 horas pelo glaucoma", da Sociedade Brasileira de Glaucoma e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que pode ser visto no site https://www.24hpeloglaucoma.com.br/.
Ascom HU/Univasf
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