A APLB Sindicato em Juazeiro vem a público repudiar a atitude da prefeitura de Sobradinho diante da luta dos trabalhadores em educação do município que buscam pelo cumprimento da gestão no pagamento do reajuste do piso salarial do magistério de 14,95%.
A entidade esclarece e se posiciona com veemência sobre a forma com que a gestão atual vem tratando a educação, bem como a maneira desrespeitosa com que se relaciona com o Sindicato que representa os trabalhadores em educação no âmbito daquele município.
"Primeiramente, se faz necessário responder à nota enviada pela gestão municipal, divulgada nos meios de comunicação da região tentando desqualificar a luta de professores, diferente da realidade dos fatos. Eles tentaram nos diminuir falando de orquestração por parte da APLB, mas, pelo contrário, isso nos engrandece, visto que, orquestrar é combinar para o bem e coadunar para um resultado de bela feitura. Essa é a proposta da APLB que, infelizmente, a gestão não consegue ter a sensibilidade de entender", afirma Gilmar Nery, direto da APLB Sindicato em Juazeiro.
De acordo com ele, a APLB luta por direitos estabelecidos constitucionalmente, garantidos tanto na Lei de Diretrizes de Base-LDB quanto na Lei do Piso Nacional do Magistério (Lei 11738) que preconiza em seu Artigo 5° o reajuste anual a partir de 2009, fato que não vem sendo cumprido pela atual gestão do município de Sobradinho na sua integralidade, em 2022/23, causando uma perda para os professores de quase 28% nesses dois anos.
A garantia contempla, hipoteticamente, aos que estão no início da carreira e isso não se cogita, uma vez que, há vinte anos que o município de Sobradinho não realiza concurso público para professor - a serem completados em setembro. Gilmar Nery ressalta ainda que o prefeito não aceita e não respeita a APLB como representante dos professores em Sobradinho.
"Essa atitude consiste não apenas em desrespeito a uma categoria de trabalhadores, mas descumprimento a uma decisão judicial da segunda turma do Tribunal Regional da quinta região, no Acórdão proferido pela Desembargadora Luiza Tomba em 2012, que estabelece essa entidade como representante dos trabalhadores em educação no município.
Lembrando ainda que em todos os municípios da região Norte da Bahia, a APLB representa os trabalhadores em educação. Perguntamos então: nesse caso, todos gestores municipais estão errados em respeitar isso e apenas o Prefeito de Sobradinho está certo?".
A APLB enfatiza que a nota emitida pela gestão, quantificou o número de professores presentes na manifestação realizada pela APLB na manhã desta terça-feira (23) tentando desqualificar o evento. "É importante não esquecer que a APLB tem mais de 70 anos e estabelece uma longevidade pautada na luta e na defesa pela educação e pelos trabalhadores, sempre valorizando os princípios democráticos e o diálogo, contando com mais de 100 mil filiados, cujo quantitativo nos orgulha, não pelos números, mas pela coragem dos que lutam", finaliza Gilmar Nery.
Ascom/APLB
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