A Operação Penalidade Máxima II foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta terça-feira, apontando o envolvimento de nove jogadores do futebol brasileiro em esquema de manipulação de resultados. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha atuado em partidas da Série A do Brasileiro e em cinco campeonatos estaduais.
O caso gerou repercussão na imprensa internacional. O diário argentino Olé destaca a participação de um jogador do país no esquema. O zagueiro Kevin Lomonaco é investigado pelo cartão amarelo que recebeu na vitória por 4 a 1 do seu time, o RB Bragantino, contra o América-MG. O jogador acabou sendo afastado pelo time do interior paulista nesta quarta.
O italiano La Gazzetta Dello Sport fala em “tempestade” no futebol brasileiro após o caso vir à tona. A publicação destaca os jogos "acertados para favorecer as apostas online”.
A notícia do esquema de manipulação também foi publicada por jornais de diversos lugares do mundo, como pelo The Washington Post, dos Estados Unidos, o português A bola e a TV americana ESPN.
De acordo com a investigação, atletas cooptados recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para cumprirem determinadas ações durante o jogo, como tomar um cartão ou cometer um pênalti. A suspeita é de que os atletas fazem parte do grupo que atuou em partidas da Série A do Brasileiro, em esquema que pode ter movimentado quase R$ 1 milhão.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que prestou apoio ao MP de Goiás, no cumprimento de três mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Maria, Erechim e Pelotas, informou que outros dois alvos são jogadores de futebol do Rio Grande Sul, não identificados.
A ação é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro e que resultou na denúncia de 14 pessoas, entre elas oito jogadores de futebol, na Série B. Os alvos da ação desta terça-feira tinham o modus operandi semelhante ao aplicado em partidas da segunda divisão.
A investigação identificou que a organização criminosa teria atuado "concretamente" em jogos da Série A do Brasileirão do ano passado. De acordo com o MPGO, os suspeitos ainda teriam tentado manipular cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles Goianão, o Gaúchão, o Mato-Grossense e Paulistão.
"A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo", informou o MPGO em nota.
O Globo
1 comentário
20 de Apr / 2023 às 22h25
Srs leitores. Infelizmente, pois, diante dos absurdos, que no nosso país, tem procedência, óbvio, que só repercuti, mas, vejamos: Só no campo do futebol, não irei falar sobre política partidária. Uma entidade CBF, onde os ex presidente, se não me engano, teve prisão decretada, o outro substituiu, denunciando, até por assédio, não podia nem sair do país, com medo de ser preso. Que gasta quantia significativa com o VAR, mas, não procura profissionalizar a arbitragem. Cuja entidade, se transformou em cabide de emprego, para ex presidentes Confederação estadual de futebol. Então....