"Sertanejo não tem mais por quem chame não terá como nunca teve antes porque todos os seus representantes são barões e filhinhos de madame passeando em Brasília e em Miami, Ipanema, Gramado e Guarujá muito longe do voo do carcará tão distantes da sombra do muquém...
Entra ano, sai ano e nada vem o sertão continua ao Deus-dará...
Todo ano recursos são criados pra salvar o Nordeste brasileiro mas ninguém vê a cor desse dinheiro muito menos os pobres flagelados...Quando a seca esturrica o meu sertão o problema se torna mais sinistro, governo despacha algum ministro para vir conhecer a região"...
Os versos, na cantoria de viola de Palmeiras Guimarães e Ivanildo Vila Nova expressam o sentimento que os sertanejos dos municípios do norte da Bahia e região do Vale do São Francisco estão novamente sofrendo.
Poucas chuvas. Seca verde assola as plantações e os "carros pipas ecoam nas estradas a realidade de uma industria da seca" que continua sendo paliativo para famílias de agricultores: água sendo entregue pelos programas de governos e ou a sina de ter quer comprar água de carro pipa.
A REDEGN fotografou numa reportagem especial mais uma vez os caminhos dos carros pipa.
Ano passado reportagem da REDEGN destacou que de acordo com a Organização das Nacões Unidas (ONU), uma pessoa gasta por mês 3,3 mil litros de água, ou cerca de 100 litros por dia. Em Juazeiro, Bahia, estes dados estão muito longe da realidade que poderia garantir o mínimo de qualidade de uma vida digna.
A situação de alguns moradores da zona rural de Juazeiro é dramática. A REDEGN obteve a informação que existe uma "rota deserta", ou seja, a falta de carros pipa e a extrema necessidade da distribuição de abastecimento de água em algumas localidades rurais.
A REDEGN apesar das mensagens enviadas solicitando informações ao comando do Exército Brasileiro não obteve informações sobre a entrega de água potável através de carros pipa neste atual Governo Lula.
No final do ano o Governo de Bolsonaro havia cortado as verbas.
DIA DE SÃO JOSÉ: “Meu divino São José, imploro em vossos pés, mandai chuva com abundância, meu Jesus de Nazaré”.
Neste domingo (19), se comemora o dia de São José. No Nordeste, é tradição rezar ao santo para chover nesta data. Na crença, a chuva é a garantia de uma boa safra, plantio e fartura, o que culmina na festa de São João, época da colheita.
Há muitas gerações são realizadas, neste mês, as novenas em homenagem ao santo São José, fato que coincide com as chuvas de março na região do nordeste. Os trabalhadores devotos acabaram fazendo a associação entre as duas coisas.
Essa devoção origina-se nas tradicionais novenas ao santo, que coincidem com o período das chuvas que são fundamentais para a garantia de uma boa safra. Então os agricultores atribuem a São José a chuva como bênção do santo”, explica a Arquidiocese da Paraíba.
Trata-se, portanto, de uma devoção nordestina. Conforme explica o seminarista Thiago Lacerda, na Igreja Católica, São José é patrono universal, protetor das famílias etc. Tudo isso por uma motivação teológica. Mas quanto às chuvas, se trata de uma crença que associa a religiosidade à cultura local.
Não há razões teológicas. Toca o tema da religiosidade e cultura. Remonta aos grandes períodos de estiagem e à sabedoria popular durante esses períodos”.
Na música 'Vozes da seca', composta em protesto contra inércia dos governantes durante a seca, Luiz Gonzaga e Zé Dantas continuam atuais.
Em 1953, o nordeste sofreu uma das piores secas de sua história, deixando a população faminta. Luiz Gonzaga e Zé Dantas lançaram 'Vozes da Seca' em protesto contra a inércia dos governantes em relação às mazelas sofridas pela população.
"Seu doutor os nordestino têm muita gratidão pelo auxílio nessa seca do sertão Mas doutô uma esmola a um homem que é são o lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...dê serviço a nosso povo, encha os rios de barragem, dê comida a preço bom, não esqueça a ‘açudagem’...
Livre assim nós da esmola, que no fim dessa estiagem
Lhe pagamos ‘inté’ os juru sem gastar nossa coragem
Se o doutor fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vier, que riqueza pra nação!
OPERAÇÃO CARRO PIPA: O Programa de Distribuição de Água Potável no Semiárido Brasileiro foi implementado pelo Governo Federal há mais de 20 (vinte) anos. Seu objetivo é realizar o abastecimento de água potável para o consumo humano no Polígono da Seca Nordestino, norte de Minas Gerais e Espírito Santo.
As atividades da Operação Pipa compreendem à distribuição de água potável, preferencialmente por meio de carros-pipa, às populações rurais e urbanas atingidas por estiagem com prioridade para os municípios que encontram-se em situação de emergência ou estado de calamidade pública.
1 comentário
18 de Mar / 2023 às 12h08
No governo de Bolsonaro foi levada água do Rio São Francisco até o Rio Grande do Norte, porém a transposição foi suspensa logo no início do atual governo; agora o que resta é fazer o L.