A malária é considerada um grave problema de saúde pública no mundo, sendo uma das doenças de maior impacto na morbidade e na mortalidade da população dos países situados nas regiões tropicais e subtropicais do planeta.
Ano passado foi lançado um plano nacional de eliminação da malária em todo o Brasil. O objetivo é diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) da doença para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035.
Dois casos suspeitos de malária foram notificados pela Secretaria de Saúde de Juazeiro (Sesau), no norte da Bahia. Na sexta (10), o órgão confirmou que os dois pacientes são considerados "importados de outras localidades", o que significa que a infecção não ocorreu no município, e sim, em regiões endêmicas.
A Sesau informou que o primeiro caso é o de um paciente que foi infectado em dezembro de 2022 no continente africano. Ele tinha realizado o tratamento na África, mas, ao retornar, apresentou sinais e sintomas da doença.
O segundo caso é de um paciente da região da Amazônia que, ao apresentar sintomas, buscou uma unidade de saúde e teve teste rápido com resultado positivo. Ele já iniciou o tratamento.
A Vigilância Epidemiológica da Sesau acompanha o caso.
O que é a malária-A malária é causada por protozoários que infectam a fêmea do mosquito Anopheles darlingi. O mosquito vetor costuma picar no fim da tarde, durante todo o período noturno e ao amanhecer.
Existem cinco tipos diferentes da doença, de acordo com as espécies do protozoário Plasmodium: falciparum, vivax, ovale, malariae e knowlesi.
"O vivax e o falciparum são os mais comuns. Este último representa somente 15% dos casos no Brasil, mas é predominante na África e consideravelmente mais perigoso, oferecendo risco aumentado de complicações cerebrais, renais, pulmonares e também de morte. É por isso que a gente não vê tanta gente morrendo aqui. Mas à medida que o paciente fica doente mais tempo, pode desenvolver anemia grave em ambos os tipos", explica o infectologista Marcus Lacerda, especialista em Saúde Pública pela Fiocruz-Amazonas e pesquisador da malária.
Redação redegn Foto redes sociais
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