"Segurança perpassa por educação e políticas sociais", diz Suíca sobre dados de violência na Bahia

Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana entre as cidades mais violentas do planeta, segundo dados do Monitor da Violência divulgados esta semana. E a Bahia foi o estado que mais registrou mortes violentas em 2022, em todo o Brasil, pelo 4º ano seguido.

Essas informações deixaram o vereador da capital baiana Luiz Carlos Suíca (PT) apreensivo com a situação. Nesta segunda-feira (6), o parlamentar disse que a segurança pública precisa de uma mudança no foco e os governos precisam criar novas políticas públicas para conter os altos índices, tanto a prefeitura quanto o estado.

"Segurança perpassa por educação e políticas públicas sociais de inclusão para mais participação da população nas decisões do estado e de suas cidades. Nosso estado amarga os dados de violência e precisa agir urgentemente para evitar que sucumba ao crime organizado e às milícias. Temos que agir dentro da lei. Quem mais morre na Bahia e em Salvador são as pessoas mais vulneráveis socioeconomicamente, ou seja, os pretos e pobres. Os dados mostram que maioria das vítimas de homicídios dolosos, por exemplo, são jovens adultos negros. Isso precisa mudar", aponta Suíca.

Para o edil petista, o município também deve se mobilizar para garantir a segurança das pessoas. "Quando você tem ruas sem iluminação e sem calçamentos, quando não se tem escolas de ensino básico e saúde nos bairros a prefeitura acaba deixando essas pessoas vulneráveis. Então, as gestões municipais têm que ajudar o estado neste combate. Tem que ser um trabalho em conjunto", salienta Suíca. De acordo com dados divulgados pelo Monitor da Violência - índice nacional de homicídios criado pelo portal g1 - foram contabilizadas 5.124 mortes violentas na Bahia no último ano. Os dados apontam uma média de 427 assassinatos por mês.

Ascom