A deputada federal Carla Zambelli, que era uma das maiores apoiadoras de Bolsonaro, está sendo acusada por ele de traição. Em entrevista para a coluna de Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, ela afirmou que o ex-presidente deveria ter sido claro ao pedir o fim dos atos nos quartéis e deveria estar no Brasil para liderar a oposição.
Segundo Bolsonaro, a deputada fez acordo com Alexandre de Moraes para retornar às redes sociais e se ver livre da ameaça de ser presa. Por decisão do ministro, as contas de Zambelli estavam bloqueadas desde novembro do ano passado, sob alegação de fake news contra as urnas eletrônicas.
Quando permitiu que Zambelli recuperasse as contas, o magistrado afirmou que houve “a cessação de conteúdos revestidos de ilicitudes e tendentes a transgredir a integridade do processo eleitoral”.
A deputada então revelou que agora a prioridade não era mais defender Bolsonaro, e sim atacar Lula. “Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e o governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos”, afirmou.
Depois de ter suas redes sociais devolvidas, Zembelli também mudou de ideia e disse ser contra o impeachment de Alexandre de Moraes, algo que era defendido por Bolsonaro. “A gente está em outro patamar, agora não é hora de bater no STF, não é hora de fazer manifestação”.
Jornal de Brasília | Foto: Reprodução
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