O número de óbitos no Brasil cresceu 18% em 2021, com cerca de 273 mil mortes a mais do que em 2020, totalizando 1,8 milhão e batendo um novo recorde, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (16).
Os óbitos representam o maior número absoluto e também a maior variação percentual ante o ano anterior desde 1974. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de óbitos já havia chegado ao seu maior nível (1,5 milhão) histórico.
De acordo com o IBGE, o aumento nos óbitos em 2021 ocorreu especialmente no primeiro semestre daquele ano. Março foi o mês com o maior número de óbitos (202,5 mil), 77,8% a mais do que o registrado no mesmo período em 2020.
A partir de julho de 2021, conforme o IBGE, é possível observar uma tendência de queda, e de setembro em diante, os óbitos passam a cair quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.
“A implementação de medidas sanitárias e, posteriormente, as campanhas de incentivo à vacinação parecem ter contribuído para o recuo da pandemia e suas consequências. Há uma clara aderência entre a diminuição no número de óbitos e o avanço da vacinação no país”, aponta a gerente de pesquisa do IBGE Klívia Brayner.
Queda nos nascimentos
Ainda segundo o IBGE, o número de nascimentos em 2021 caiu 1,6% (43 mil nascimentos) em relação ao ano anterior, totalizando 2,6 milhões. É o terceiro ano consecutivo em que o índice apresente queda.
As maiores quedas foram registradas nas regiões Sudeste (4%) e Sul (3%). No Centro-Oeste, a queda de 1,1% ficou abaixo da média nacional. Nas regiões Norte e Nordeste houve aumento de 4,3% e 0,1%, respectivamente, nos registros de nascimento.
Entre 2018 e 2019, a redução foi de cerca de 3%. Já entre 2019 e 2020, 4,7%.
“A redução de registos de nascimentos, observada pelo terceiro ano consecutivo, parece estar associada à queda da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos. Outra hipótese é que a pandemia tenha gerado insegurança entre os casais, fazendo com que a decisão pela gravidez tenha sido adiada”, aponta Klívia Brayner.
G1 | Foto: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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