A formação da juventude sempre foi uma das bases para o fortalecimento da Convivência com o Semiárido. Por isso, entre os dias 24 e 31 de janeiro de 2023, acontece a formação inicial para os jovens que farão parte da República de estudantes do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa).
Durante esta formação, junto com a equipe do Irpaa, os jovens estudam e discutem elementos importantes para a Convivência com o Semiárido. Temas como: A história do Semiárido; Terra e Territórios; Clima e Água; Produção Apropriada; Educação Contextualizada e Comunicação, dentre outras. Estas abordagens são entrelaçadas com os temas sobre juventude, políticas públicas, gênero e saberes tradicionais.
O jovem Cauê da Silva, do município de Remanso-BA, chega este ano para estudar e viver a formação do Irpaa. O estudante afirma que “Está sendo muito importante para os jovens iniciantes terem uma noção de como será a experiência de morar na República (...) Falaram das pautas mais importantes que o Irpaa defende, a agricultura familiar, produção de alimentos orgânicos, preservação da natureza, (dentre outras)”.
A república de estudantes criada há 30 anos, já pôde contribuir, não apenas com o acesso à educação, mas, principalmente, com a formação de jovens lideranças para atuar nos diversos espaços sociais. Durante esses anos, foram cerca de 160 jovens, filhos e filhas de agricultores familiares de mais de 35 municípios do Semiárido Brasileiro.
Como de costume, na abertura da formação, a coordenação do Irpaa participa do encontro para dar boas-vindas a juventude e refletir sobre a história da instituição e a defesa da Convivência com o Semiárido. O coordenador geral do Irpaa, Cícero Félix, fala sobre a importância da formação inicial. Neste espaço, “falamos um pouco da história de formação do Irpaa para que as pessoas que estão chegando este ano na República e as que já estão aqui, possam cada vez mais se apropriar dessa história e que elas possam se envolver cada vez mais neste processo de formação, fazendo parte da construção dos conhecimentos, fazendo parte do diálogo entre si, mas também com as outras comunidades, com os grupos com os quais o Irpaa trabalha”.
Cícero complementa ainda que “Essa formação tem a perspectiva de trabalhar os aspectos técnicos, mas também os aspectos culturais, sociais, políticos, econômicos, contribuindo para que o paradigma da Convivência com o Semiárido seja cada vez mais problematizado, compreendido e defendido pelas gerações atuais e gerações futuras”.
A estudante Maria do Carmo Bonfim, do município Curaçá-BA, reflete que, essa oportunidade de formação possibilita “mais conhecimentos para no futuro a gente levar o que aprendeu para nossas comunidades e para a vida toda. Está sendo muito proveitoso este momento. Acredito que vai ser uma rica experiência”.
Os jovens que fazem parte da república de estudantes do Irpaa, tem como missão, contribuir com a vida dos povos do Semiárido e com a defesa da natureza, não apenas do Bioma Caatinga, mas da vida, da nossa Casa Comum.
Lusan Paiva (estudante da República do Irpaa) e Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
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