Apontado como o tipo de câncer mais comum, o câncer de pele não melanoma corresponde, atualmente, a 30% de todos os tumores malignos do País. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano, cerca de 180 mil casos são registrados. Por isso, para alertar a população para a detecção e tratamento da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove, neste mês, o "Dezembro Laranja". Dermatologista do SESI Saúde, Clara Florêncio lembra que a chegada do verão reforça a importância da campanha, uma vez que a exposição aos raios solares é maior, e ressalta a relevância do autoexame para um diagnóstico precoce.
"Temos que criar o hábito de sempre examinar nossa pele, olhar nossas costas, nossas pernas, principalmente pessoas de pele muito clara ou que tenham histórico familiar da doença", adverte a dermatologista. Ela explica que, para realizar o autoexame, as pessoas podem seguir a regra conhecida como "ABCD", sendo a letra A para sugerir um olhar mais cauteloso para a assimetria das lesões que surjam na pele e a B para lembrar que as bordas das lesões que são regulares são mais propensas a serem benignas. Já as letras C e D remetem, respectivamente, à cor, ou seja, se a lesão muda de cor já pode ser um indicativo de malignidade, e ao diâmetro da lesão, uma vez que as que são maiores do que 6 milímetros também sugerem malignidade.
"Caso o paciente venha a perceber um desses sinais, deve ir ao dermatologista, mas isso tudo tem que ser examinado de perto, através do exame dermatológico específico, pois o diagnóstico não pode ser dado somente pela suspeita", observa. A especialista explica que, para evitar o câncer de pele, é preciso criar o hábito de, entre outras coisas, usar filtro solar e adotar medidas protetoras, como chapéu e roupas com proteção solar. "Também é fundamental evitar a exposição solar naquelas horas nas quais há um índice de UVA e UVB maior, geralmente entre 10h e 16h", elenca, complementando que o excesso de sol também causa o envelhecimento precoce da pele, além de manchas, indesejáveis para a maioria das pessoas.
A especialista do SESI Saúde conta que, atualmente, há uma gama enorme de tratamentos para o câncer de pele, de cremes tópicos até cirurgias. Dependendo do caso, Clara explica que o tratamento pode ser realizado com cirurgia, além de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, dependendo do tipo de tumor. "Hoje em dia, é possível até mesmo fazer testes genéticos para direcionar melhor o tratamento e dar uma qualidade de vida melhor ao paciente. É fundamental destacar a importância do diagnóstico precoce, pois, muitas vezes, dependendo do estágio do diagnóstico do câncer de pele, o índice de cura é muito eficaz".
Ascom
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