Com a finalidade de articular saberes sobre uma das maiores produtoras de tilápia da Bahia, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia realizou uma visita técnica ao Grupo Netuno, localizado na região de Paulo Afonso, no Território de Identidade de Itaparica.
A visita aconteceu na terça-feira (29), juntamente com a equipe de piscicultura da etapa de campo da Fiscalização Preventiva Integrada, em ação demandada pelo Ministério Público da Bahia, está no seu 9º dia de atuação e seguiu em ação combativa até esta sexta-feira(02).
A Netuno Pescados dispõe da sua própria piscicultura, realizada em tanques, na sede matriz, em Petrolândia/PE, e recebe os peixes ainda vivos, conduzidos para Paulo Afonso através do transfish, a fim de garantir um processo menos doloroso e que garanta a qualidade da carne das peças. A indústria produz e comercializa diversos itens do fruto, sendo o filé da tilápia, o peixe inteiro eviscerado, a carne mecanicamente separada, a pele, a escama, a farinha e o óleo de tilápia.
O grupo gera em média de 400 empregos diretos em Paulo Afonso e região e realizam o aproveitamento total de todas as partes da tilápia. Nos dias atuais, o grupo produz uma média de 6 toneladas de filé do por dia, sendo 400kg/hora.
A exportação é uma realidade para a indústria, tendo os Estados Unidos como principal cliente para o peixe eviscerado e a China para a escama e pele. O filé possui grande atuação no mercado interno, com foco nos estados do Nordeste e do Sudeste, obtendo também grande polo comercial em São Paulo e Recife.
Segundo o gerente industrial da Netuno Pescados, Lucas Gomes Ribeiro, a produção tem sido satisfatória e dentro dos limites produtivos. "Conseguimos mapear, rastrear e garantir a qualidade do nosso produto desde o alevino até o produto final. Isso nos dá um controle e uma confiança do nosso processo", pontuou Ribeiro.
Sobre a FPI
A operação da Fiscalização Preventiva Integrada é formada por órgãos públicos estaduais e federais, tendo como objetivo vistoriar e combater crimes ambientais, além de proteger as comunidades tradicionais e do patrimônio. Estão na pauta o combate ao desmatamento, captação irregular, abastecimento e qualidade da água, gerenciamento de resíduos sólidos, extração irregular de minérios, comércio ilegal de animais silvestres, pesca predatória, e o incentivo ao não prejuízo dos patrimônios ambiental, histórico e cultural. A FPI está em sua 46ª etapa baiana e completa 20 anos na defesa do Velho Chico e dos seus povos.
Ascom/Seagri
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