Neste Dia Mundial da Prematuridade (17 de novembro), o Hospital Dom Malan destaca a importância do cuidado pele a pele, tema escolhido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para o ano de 2022.
De acordo com a coordenadora médica do Método Canguru no HDM, Dra. Flávia Guimarães, "o contato pele a pele iniciado imediatamente após o nascimento tem se mostrado uma prática extremamente benéfica e eficaz, especialmente importante no caso de bebês prematuros".
A prática contribui para o início e manutenção da amamentação, favorece a estabilização de parâmetros vitais como frequência cardíaca e glicemia, e auxilia no estabelecimento de uma microbiota saudável, aspectos importantes tanto no processo de adaptação à vida extrauterina após o nascimento, quanto a médio e longo prazo.
Além disso, ajuda no relaxamento e sono profundo. "Enquanto a estabilidade clínica permitir, o contato pele a pele em prematuros é essencial para uma experiência saudável e sensível", destaca a médica.
No Método Canguru, por exemplo, essa é uma das estratégias que contribuem para a implantação e a consolidação da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso. "Não tenho dúvidas de que a técnica e o método já salvaram a vida de muitos prematurinhos nascidos no HDM. Acima de tudo, o contacto pele a pele é uma maneira de dizer ao filho 'aqui estou... para continuar a te abraçar e te proteger fora do útero', pontua Dra. Flávia.
Como é feito? Este procedimento implica em colocar a criança despida sobre o peito ou abdómen da mãe (ou pai) logo após o nascimento, em posição "barriga com barriga, pele com pele". A pele do bebê deve ser seca e o bebê colocado, com ou sem fralda, sobre o peito da mãe ou do pai, com uma manta ou lençol por cima das costas.
No Método Canguru os bebês são colocados dentro da roupa das mães, a nível do tórax ou abdómen, ficando aninhado nessa posição (semelhante a um canguru bebê na bolsa marsupial, daí o nome "mãe canguru").
A data tem como objetivo dar visibilidade ao tema, sensibilizar sobre as necessidades e direitos dos bebês prematuros e das suas famílias, conscientizar sobre a importância da vivência e do cuidado de qualidade do sistema de saúde, e assim avançar em políticas que garantam os direitos plenos das crianças e das famílias.
No mundo todo, aproximadamente 30 milhões de bebês nascem prematuramente a cada ano. Destes, 1,2 milhão nascem na região das Américas.
Ascom HDM/IMIP
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