De acordo com informações reveladas pela CNN Brasil nesta sexta-feira (11), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), planeja para as primeiras semanas após a posse fazer um “revogaço” de portarias e decretos implantados ao longo da gestão Jair Bolsonaro (PL) relacionados a pautas consideradas negacionistas da pandemia da Covid-19.
Relatos feitos o veículo de comunicação dão conta de que a equipe de transição começou a fazer o levantamento dessas decisões.
O foco será reverter iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde que indicam o uso de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19, como protocolos que endossaram o uso do “kit covid”, por exemplo.
Antes, ainda no período de transição de governo, ficou definido que o ex-ministro José Gomes Temporão terá papel relevante na saúde Ele será o relator da transição de governo na área. Ele ficará responsável por preparar um relatório com o diagnóstico da pasta.
Ficou definido também que o ex-ministro Arthur Chioro terá a missão de coordenação política dos trabalhos e será responsável por articular os grupos e convocar reuniões.
A informação foi confirmada pelo senador Humberto Costa (PT) que é um dos coordenadores do grupo técnico de transição.
Desafios no SUS, vacinação e Farmácia Popular
Nesta semana, Arthur Chioro (PT) elencou alguns desafios da transição de governo como vacinação, Farmácia Popular e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A saúde é uma das áreas consideradas prioritárias pelo governo eleito diante dos impactos da pandemia de Covid-19, a expectativa é de que transição faça o diagnóstico da área e comece a planejar uma campanha intensa de vacinação depois da posse de Lula.
Na próxima segunda-feira (14) será feita uma segunda reunião da equipe para serem definidos os núcleos temáticos da área da saúde. A principal preocupação do grupo é recompor o orçamento da área para 2023.
“Nós temos um déficit, uma diferença entre o que deveríamos ter e o que temos da ordem de R$ 22 bilhões quando comparamos a legislação atual e a legislação que havia em 2016”, disse Humberto Costa em entrevista à CNN.
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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