A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão, nesta quarta-feira (26), na casa de um adolescente de 14 anos, na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia. A ação faz parte da "Operação Apokrypha", que tem o objetivo de reprimir atos infracionais análogos ao crime de terrorismo, praticado por perfis anônimos nas redes sociais.
De acordo com o delegado da PF, Gideão Ribeiro, o celular do adolescente foi apreendido durante o cumprimento do mandado.
"A gente recebeu a informação enquanto essas postagens e fizemos um trabalho de inteligência para identificar. Oficializamos o Twitter, o Instagram e conseguimos os dados dele", contou o delegado da PF.
Segundo Gideão Ribeiro, o suspeito foi identificado e a operação foi montada após a autorização judicial. "Fomos até a residência dele, fizemos as buscas lá e apreendemos o celular. É um passo importante para que gente possa continuar as investigações".
De acordo com a PF, a investigação foi iniciada por causa de uma denúncia feita na delegacia do órgão, onde um homem mostrou diversas conversas postadas em redes sociais sobre o planejamento de um atentado que seria feito em escolas de Barreiras. Essas ações teriam o objetivo de matar diversas pessoas.
Após o cumprimento do mandado, os policiais federais foram na escola que o adolescente estudava e conversaram com direção da instituição.
"Passamos na escola para conversar com a diretora, acalmar o pessoal e avisar que a gente conseguiu ir na casa do menor. Esclarecemos melhor a situação para eles", contou o delegado.
A operação acontece um mês depois que um ataque deixou uma aluna cadeirante morta, na Escola Municipal Eurides Santana, em Barreiras. O adolescente suspeito de cometer o crime, que tem 14 anos e também estudava na unidade de ensino, está hospitalizado em estado grave e sob custódia no Hospital do Oeste, após ter sido baleado quatro vezes.
Após a realização de diligências, a equipe de investigação identificou um dos responsáveis pelas postagens e conseguiu autorização judicial para cumprir o mandado de busca e apreensão.
A Polícia Federal informou que o nome da operação remete a uma palavra grega usada por escritores eclesiásticos para determinar assuntos secretos, de origem ignorada, falsa ou espúria. As investigações da operação seguem em segredo de Justiça.
G1
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