Quantos Luís, João, e tantos outros filhos ilustres e nem tão ilustres que contribuíram e contribuem para construir esta cidade, bela porém maltratada por nós.
A forma como tratamos nossas riquezas e valores identitários é no mínimo estranho.
Pensemos em nossos monumentos históricos e sua significância, basta-nos verificar a situação, por exemplo: do Obelisco que se encontra poluído visualmente, desrespeitado, desconhecido e abandonado, não diferente a árvore que deu origem ao nome da cidade, e o aqueduto equipamento das ciências agrárias, primeira unidade de nível superior na região, nossa Famesf, hoje UNEB, e nossa história de origem contada sem rigor metodológico por falta de arquivo público municipal, nem tão pouco setor que cuide do nosso patrimônio histórico, artístico e cultural, por que não lembrarmos de nossas manifestações culturais, nosso produto turístico saindo de outro território, instituições de atribuições regionais de desenvolvimento também em outros territórios, nossa maior riqueza em pleno século XXI, ainda recebe dejetos in natura.
Estranha forma de amor quando não reconhecemos nossa história, cultura, identidade, quando não reconhecemos nossos personagens e valores históricos e culturais.
A cada década sentimos ausências que nos lembram riquezas e valores. É chegada a hora de repensarmos a relação com nossa identidade, afinal Juazeiro da Bahia ainda é bela, de povo acolhedor, de riquezas histórica, cultural, gastronômica, tecnologia, arqueologia, mineral, agrícola, pecuária, comércio, turismo, indústria, fluvial.
Resta a nossa gente, autoridades, empresários, entidades modificarmos nossa relação com nossa amada cidade, de forma organizada, qualificada e cidadã, para repensar Juazeiro para o futuro, com visão referenciada para nossos valores internos , desenvolvimento endógeno, modificando a falsa cultura de desvalorização.
Assim como Luís Galvão,Joãos e Marias em nossa bela Juazeiro da Bahia, possam viver e sobreviver da sua arte, em ambiente colaborativo da cultura como vetor de desenvolvimento.
Jomar Benvindo
Presidente Câmara Turismo VSF BA
Presidente Comtur
1 comentário
24 de Oct / 2022 às 00h38
Quantas boas recordações! Me fizeram viajar no tempo. Belo texto. Mas é muito triste tanta riqueza cultural e material que tem essa cidade sendo esquecida pelo tempo. Aí me faz recordar a velha estação abandonada, aliás há anos e tantos prédios e locais de lazer e diversão