A cobertura vacinal contra a poliomielite precisar aumentar. Autoridades do setor de saúde alertam para a importância da vacinação. A vacina contra poliomielite faz parte do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é gratuita e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde em qualquer época do ano.
O foco continua ser vacinar crianças menores de 5 anos contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil, e atualizar a caderneta vacinal dos menores de 15 anos contra diversas doenças. O Brasil recebeu o certificado de eliminação de pólio em 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas.
A enfermeira Ligia Gomes, especialista em Saúde da Família, Saúde Mental e Enfermagem do Trabalho, alerta que os pais ou responsáveis são capazes de proteger os filhos contra a Paralisia Infantil. A proteção se dá através da vacinação das crianças menores de 05 anos, o esquema vacinal é composto por 3 doses no primeiro ano de vida, aos 2, 4 e 6 meses ( via intramuscular ) e dois reforços, um aos 15 meses e outro aos 4 anos ( via oral ).
Apesar do término da campanha nacional da vacinação contra a poliomelite pelo Ministério da Saúde em 30 de setembro, 12 estados e oDistrito Federal decidiram prorrogar a ação.
A meta de imunização do Ministério da Saúde é de 95% — índice que não é alcançado desde 2016.
"Vale ressaltar que as vacinas são um dos maiores ganhos para a saúde pública, por diminuírem a mortalidade, internações e sequelas causadas por doenças imunopreveníveis. Prevenir é sempre melhor do que tratar", diz Ligia.
A vacina é a melhor maneira de se proteger contra determinadas doenças e suas complicações, algumas, inclusive, podem levar à morte. "Ao longo da história a Ciência comprovou que as vacinas erradicaram (varíola), eliminaram (poliomielite), ou reduziram expressivamente a incidência de doenças que, no passado, foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas, como o sarampo, por exemplo", finalizou Ligia.
FIOCRUZ: A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda causada pelo poliovírus selvagem responsável por diversas epidemias no Brasil e no mundo. Ela pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade.
Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a cobertura vacinal com as três doses iniciais da vacina está muito baixa: 67% em 2021. A cobertura das doses de reforço (a de gotinha) é ainda menor, e apenas 52% das crianças foram imunizadas. Nas regiões Nordeste e Norte, a situação é ainda pior, com percentuais de 42% e 44%, respectivamente, para a imunização completa com as cinco doses.
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