FUSÕES E AQUISIÇÕES AQUECEM MERCADO DE SAÚDE NA BAHIA

A Bahia vem registrando forte crescimento e uma movimentação importante com fusões no setor da saúde. No Estado, a cadeia produtiva, incluindo o setor público e privado, gera um valor entre 8% e 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB) local, uma participação que tem crescido nos últimos três anos, não só por conta da pandemia de covid-19, mas, principalmente, pelos investimentos que estão sendo realizados no setor. Atualmente, apenas um em cada nove baianos tem acesso à rede privada de saúde.

Este foi o cenário analisado pelo empresário e presidente do Sindicato dos Laboratórios Clínicos e Patológicos do Estado da Bahia (SINDLAB-BA), Paulo Fernando Bittencourt Studart, em artigo inédito publicado na Revista Science. "Observando o cenário de saúde suplementar em toda a Bahia, vemos que apenas 11% da população tem acesso a uma cobertura, quando a média do Brasil é de 24%", afirma.

De acordo com o Studart, a recente atuação dos fundos de investimentos nas empresas do setor da saúde muda o padrão de concorrência, incrementando a expansão das operações de fusões e aquisições no Estado. "A chegada de grupos nacionais é importante para o desenvolvimento do segmento da saúde na Bahia, trazendo melhoria na qualidade operacional, melhores práticas globais e serviços avançados com novas tecnologias", comenta.

Apesar de ainda embrionários no Brasil, os fundos de investimentos para o mercado de saúde acumularam um balanço de R$ 18 bilhões movimentados em fusões e aquisições no ano de 2021. No entanto, Paulo pontua que é necessário aguardar resultados para analisar como os investidores se comportarão no longo prazo.

O artigo ressalta um cenário positivo tanto para o Estado quanto para o cenário brasileiro de saúde. De acordo com Studart, além de atrair novos negócios para a Bahia, é preciso dar condições para que as empresas baianas permaneçam no Estado e não desapareçam ou percam força. "A partir do desenvolvimento de novas tecnologias, da substituição de tecnologias desatualizadas e da realização de maiores investimentos em estratégias que priorizem o cuidado ao paciente, o desenvolvimento e o fortalecimento do ecossistema de saúde brasileiro serão acelerados. Os empresários da Bahia devem se inspirar e buscar, também, soluções coletivas visando à manutenção e ao fortalecimento das empresas locais, principalmente no setor de saúde", ressalta.

Com todas as mudanças que estão acontecendo no mercado baiano da saúde, o pesquisador afirma que existe uma tendência para o setor se torne tecnologicamente mais desenvolvido e competitivo, com o que há de mais novo sendo aplicado na área e recebendo investimentos em tecnologia e inovação. Porém, não se pode ignorar o fato de que a tendência de concentração continuará.

Revista Science

Intitulado "Consolidação das empresas de saúde da Bahia: mudança de paradigma diante de aquisições e fusões", o trabalho realizado pelo pesquisador no estado da Bahia é um dos trabalhos que integram a oitava edição da Revista Science. Publicada trimestralmente, a Science completa o acervo de produtos do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), com artigos e estudos sobre gestão e inovação no ambiente hospitalar. Todos os conteúdos podem ser acessados e baixados gratuitamente.

Sobre o Instituto Qualisa de Gestão (IQG) 

Com atuação marcada pelo pioneirismo, o Instituto Qualisa de Gestão (IQG) está há 25 anos no mercado de acreditação e de gestão da qualidade na área da saúde. Participou da construção e foi a primeira instituição acreditadora na implantação do método da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Em 2022, vem atuando em busca de novos mercados, com o objetivo de levar as suas certificações ONA e por distinção para todo o território nacional e para outros países, consolidando a imagem de referência em qualidade e inovação.

O IQG ainda possui o IQGON, uma plataforma que reúne um grande acervo de conteúdo em gestão para ensino a distância, que combina técnicas inovadoras de ensino e aprendizagem. Seus programas de formação de avaliadores, auditores internos e gestores clínicos já formaram mais de 85 mil profissionais de todo o Brasil. 

Ascom