A partida entre Pesqueira e 1º de Maio pela segunda rodada do grupo A da Série A2 do Campeonato Pernambucano, no final de semana, no Joaquim de Britto, casa do Pesqueira, foi marcada por mais um caso de racismo. A vítima foi o goleiro Rodolfo, do time petrolinense.
O autor das ofensas racistas, que não teve a identidade revelada, estava na arquibancada dos mandantes. O Pesqueira disse que o homem foi identificado e imediatamente expulso do estádio por outros torcedores. Ele também está proibido de frequentar o estádio.
"Ele usou palavras de tom ofensivo, para me diminuir. No início eu consegui ouvir bem ele me chamando de "negro feio", "negro preto", "boneco de posto", me chamou de "coisa estranha". Ele me xingava tanto que eu não conseguia captar as falas dele. É complicado falar sobre isso, tive uma criação boa, serena. Eu e meus irmãos temos muita consciência de onde a gente veio. É estanho, sou uma pessoa que não consigo nem chamar palavrão", desabafou Rodolfo ao site GE.
Mas redes sociais, o Pesqueira lamentou o ocorrido. "O Pesqueira Futebol Clube lamenta e repudia o caso de racismo registrado contra o goleiro do 1º de Maio, Rodolfo. Salientamos que o todo suporte ao atleta foi dado pelo PFC [Pesqueira]. Queremos agradecer à torcida Toga, que desde o momento, mesmo torcendo pela Águia do Agreste, apoiou o atleta. O infrator foi identificado e será proibido de frequentar os jogos do Pesqueira no Joaquim de Britto", disse em nota.
Ainda segundo o GE, mesmo com a partida sendo interrompida para a retirada do agressor, o árbitro Bruno Thiago de Santana não registrou as ofensas na súmula e disse que "não houve nada de anormal" em campo.
Já o goleiro pontou que não denunciou o caso à polícia, com medo do clube ser punido. Rodolfo acredita que o clube adversário fez o que era possível no momento, pontuou o GE.
*com informações do GE
Da Redação RedeGN
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