Alguns pais estão preocupados com a paralisação das atividades nas escolas da rede estadual da cidade de Juazeiro, norte da Bahia. Segundo eles, os filhos estão sem aulas há duas semanas, o que vem acarretando prejuízos no aprendizado dos mesmos.
"Minha filha está a duas semanas sem aula. E eles lá na escola só justificam que é uma parada de revindicações, e nós, pais, ficamos sem saber o que realmente está acontecendo.Sou eu e mas alguns pais e mães que estamos a ver navios nessa situação", desabafou uma mãe de aluna, cuja filha estuda na rede estadual, e moradora do bairro Tabuleiro.
A RedeGN entrou em contato com a APLB Sindicato de Juazeiro, que confirmou a suspensão das aulas. O motivo é um impasse com o Governo do Estado, no que diz respeito ao pagamento dos precatórios do FUNDEF. Centenas de trabalhadores em Educação da rede estadual de ensino baiana atenderam ao chamado da APLB-Sindicato e participaram hoje (19) de uma grande assembleia. A categoria votou e decidiu manter a paralisação pedindo o repasse imediato dos recursos, com alteração no texto do PL que regulamenta a ação garantindo a inclusão de juros.
Assembleia em Juazeiro
Foram 19 fóruns simultâneos, na capital e municípios do estado, realizados pelo sindicato, que aguarda o envio do resultado pelos núcleos e delegacias. Em Juazeiro, a assembleia foi realizada com os trabalhadores em educação da rede estadual, na sede da APLB Sindicato, com o objetivo de apresentar proposta do governo do Estado para pagamento dos precatórios do Fundef sem juros e encaminhado através de Projeto de Lei para aprovação.
A proposta foi rejeitada por unanimidade pelos trabalhadores em educação da rede estadual em Juazeiro que decidiram só aceitar pagamento da primeira parcela dos precatórios - que já está na conta do governo estadual - com recebimento dos valores com juros e correção. De acordo com o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery, a rejeição da proposta pela categoria em Juazeiro se junta às outras assembleias realizadas, e que irão legitimar o resultado.
"Salvador também foi resistente e não aprovou a proposta do governo. O resultado será divulgado assim que as Atas forem enviadas. O mais importante é que Juazeiro deu uma demonstração de resistência e só aprovou pagamento se for feito de forma integral e com os juros. Aproveitamos para agradecer a participação de todos os trabalhadores em educação da rede estadual", afirmou.
A APLB Sindicato reforçou ainda a convocação para outra assembleia a ser realizada na próxima quinta-feira (22) na sede do sindicato,desta vez reunindo os trabalhadores em educação da rede municipal. "Estaremos aguardando a participação de todos para passar a pauta que foi levada para apreciação do secretário de educação de Juazeiro, Wank Medrado. Esperamos todos lá, pois é de grande importância para a categoria ter conhecimento do que foi discutido e das resoluções que foram aceleradas", finaliza Gilmar Nery.
Da Redação RedeGN
6 comentários
19 de Sep / 2022 às 20h52
É muito complicado nossa educação aqui na Bahia , mesmo com os piores índices na educação , 2 anos parados por causa da pandemia e quando volta é essa falta de respeito , responsabilidade e de humanização com os alunos.que já não tem o melhor ensino.
19 de Sep / 2022 às 20h54
Com a palavra o senhor executivo do estado RUI COSTA.Falar o que ?
19 de Sep / 2022 às 20h55
Não dar pra entender , a educação na Bahia na verdade é só na propaganda
19 de Sep / 2022 às 20h58
Será que o senhor governador , não pensa no futuro dos alunos com tanto tempo parado , tempo perdido, muito prejuízo no futuro desses alunos infelizmente.
20 de Sep / 2022 às 07h51
Vai vendo pais de alunos! ninguém pensa na situação dos alunos. Eita Bahia porreta.
20 de Sep / 2022 às 14h12
O professor tbm não pode ser responsabilizado. Ele como todo profissional quer ser valorizado e ter seus direitos respeitados. Sr. Governador: REGULAMENTAÇÃO JÁ E COM JUROS E CORREÇÃO.