Em entrevista concedida à jornalista Renata Lo Prete, do Podcast “O Assunto”, no G1, o presidenciável Ciro Gomes disse, dentre outros temas, que, se eleito, vai propor um acordo de reformas nos seis primeiros meses de governo, pactuando um acordo de governabilidade com prefeitos, governadores e com o Congresso Nacional que inclui abrir mão de um segundo mandato.
Questionado sobre o desaparecimento do Jornalista Inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, Ciro acusou o governo do presidente Bolsonaro de negligência, o que permitiu a invasão do narcotráfico:
"Em relação a esses dois crimes, a essas duas vítimas do crime, o Bolsonaro os inculpou. Os inculpou. Repare, ali na região é pesca, é mineração, mas sabe quem está tomando conta? General Heleno [ministro do GSI], eu estou sabendo o que está acontecendo. Eu estou sabendo o que está acontecendo: é o narcotráfico, com o olho fechado das Forças Armadas brasileiras", acusou.
Sobre os preços altos dos combustíveis, Ciro Gomes acusou Bolsonaro de tentar praticar um "truque eleitoreiro criminoso", reduzindo a capacidade de investimentos dos estados que não resolverá o problema: "O que o governo está propondo? Tirar dinheiro da saúde e da educação para financiar o lucro exorbitante e selvagem do acionista minoritário. Essa é uma grande canalhice e não é para resolver o problema", apontou.
Crítico de Bolsonaro, a quem acusou de ser o principal responsável pelas 668 mil pessoas que morreram por Covid-19, Ciro também não poupou Lula, a quem classificou como um bom presidente, mas que “se corrompeu”: "Ele foi um bom presidente, nas circunstâncias que governou o Brasil. Mas não tinha projeto de nada, não fez reforma institucional, não mudou absolutamente nada. Mas não posso classificar o Lula, senão me alieno. O Lula terminou com 86% de aprovação. Que ele foi um bom presidente, está de bom tamanho. Minha crítica é que o Lula se corrompeu organicamente”, declarou.
Da Redação redeGN/Foto José Cruz - Agência Brasil
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