Compostagem é um processo biológico de transformação para valorização da matéria orgânica. Trata-se de um processo natural em que os microrganismos residentes, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em humus, que é um material extremamente fértil por ser muito rico em nutrientes
Alunos do Curso Técnico em Agroecologia, do CETEP-SSF (Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco), Juazeiro Bahia, antiga Escola Agrotécnica, estão vivenciando aulas práticas e apredendo o modelo de compostagem orgânica.
A supervisão é do professor Luan Vitor, Engenheiro Agrônomo, mestrando em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. De acordo com o professor os alunos com a atividade tem a possibilidade de ampliar as práticas de ensino e aprendizagem e contribuir para o despertar na comunidade escolar o cuidado o meio ambiente, consumo sustentável, ecologia e resíduos.
A experimentação possibilita o melhor acompanhamento da evolução da ciência e das transformações que ocorrem na natureza. A compostagem é um processo biológico no qual os micro-organismos transformam a matéria orgânica como, estrume, restos de comida, em húmus, um material rico em sais minerais e que pode ser utilizado como adubo em hortas, jardins e vasos, contribuindo muito para desenvolvimento das plantas.
Com o avanço da compostagem percebe-se que a transformação dos resíduos contribui de maneira significativa para o equilíbrio ecológico entre o homem e o meio ambiente, pois o composto é uma fonte rica em nutrientes que são fundamentais para obtenção de um solo fértil, gerando assim a diminuição de problemas ambientais, protegendo e preservando dessa forma a natureza para as presentes e futuras gerações.
A diretora do CETEP, Leila Cristina Pacheco, visitou o local da compostagem. Ela avalia que a disciplina do professor Luan Vitor que tem como funções claras criar este ambiente de trabalho e ação com os alunos e a aula propõe um método de ensino que irá aliar prática e teoria, proporcionando maior dinâmica ao processo de ensino – aprendizagem e enfatizando a importância dos conteúdos, a compostagem, reciclagem e lixo.
Os alunos Anne Louise e Josielson Araújo, avaliam que este processo de trabalhar a Compostagem Orgânica, proporciona viver os aspectos abordados. "Aula prática. essa maneira observamos o uso dos recursos da natureza com responsabilidade, garantindo o uso de conceitos como: preservação ambiental, sustentabilidade e exercício da cidadania. Mudamos nossos conceitos a respeito do lixo, a consciência sobre preservação da natureza, a ideia de sustentabilidade".
Detalhe: o esterco natural usado nesta compostagem é de coelho, produzido no próprio CETEP-SSF, Juazeiro Bahia. O site da Universidade Federal da Bahia destaca que a busca por processos naturais de adubação, sem fertilizantes químicos e agrotóxicos, tem sido constante nas ciências agrárias.
É com esse objetivo que desde 2019, um projeto piloto de extensão universitária inovadora provoca generosos benefícios econômicos, socioambientais e sustentáveis para o pequeno produtor, principalmente em países de baixa renda. O foco é cultivar hortaliças com um adubo natural de esterco de coelhos.
Nesse projeto, as fezes dos coelhos são misturadas com restos vegetais descartados, em proporções adequadas ao processamento. O composto é umedecido e revirado periodicamente, até a transformação total em compostagem, que ocorre em aproximadamente dois meses.
Sabe-se que a compostagem é rica principalmente em nitrogênio e carbono, importantes para desencadear outros processos microbiológicos no solo, dando-lhe vida e vigor às plantas. “É por isso que a compostagem é viável em qualquer tipo de solo, mesmo para os solos desérticos, pois consegue desenvolver e desencadear processos regenerativos pelo seu alto teor de nitrogênio e de outros elementos químicos, como o fósforo e potássio, que são fundamentais para o desenvolvimento das plantas”, ressalta O professor Gilmar Tavares do Departamento de Engenharia (DEG), coordenador do projeto.
MINHOCÁRIO: Em breve no CETEP-SSF, segundo os professores José Arnaldo é Edmilson Luiz é aproveitar o húmus da Minhoca para ser usado nos canteiros de produção desenvolvido pelos professores e alunos dentro da escola, além de ser mais uma prática ligada a agroecologia. É bom lembrar que os dejetos produzidos pelos coelhos irão ser aproveitados tanto no minhocário quanto nas hortas.
Redação redeGN Texto Ney Vital Fotos Edmilson Luiz professor CETEP
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