O Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), divulgou um comunicado, na tarde desta segunda-feira (6), no qual pede a união de esforços para evitar um colapso no setor de fruticultura do Vale do São Francisco. Com prejuízos de R$ 80 milhões em função das chuvas que caíram na região, entre dezembro do ano passado e abril deste ano; aumento dos preços dos insumos agrícolas, do frete marítimo e da folha de pagamento dos trabalhadores rurais, a categoria alerta para a gravidade da situação sem paralelo nos últimos 15 anos.
Considerada a maior fonte de renda da região, a produção de frutas vem enfrentando sérios problemas ainda com a constante falta de energia elétrica e a demora para o restabelecimento do fornecimento em grande parte das propriedades agrícolas, que somam mais de 2 mil fruticultores somente em Petrolina – PE.
De acordo com o presidente do SPR, Jailson Lira, como se não bastassem os prejuízos com as chuvas os produtores tiveram ainda que fazer altos investimentos na cobertura dos pomares e ampliação dos tratos culturais e drenagem das áreas afetadas. "Somente para se ter uma ideia do aumento dos custos de produção, os insumos, a exemplo de fertilizantes e defensivos, acumularam altas que superam, em muitos casos, até 100%", ressaltou.
Lira destacou também um aumento de mais de 60% nos preços do frete marítimo comparado aos valores praticados em 2020. O exportador de frutas pagava US$ 4,5 mil para embarcar um container, passou a pagar US$ 5,8 mil pelo mesmo serviço e a previsão é de chegar a US$ 9,7 mil durante a safra de exportação no segundo semestre.
Com relação as despesas com a mão de obra, o presidente lembrou ainda que o aumento no pagamento da folha dos trabalhadores rurais, com a reposição da inflação em 10,16% sobre o piso salarial da categoria, elevou os salários para o valor de R$ 1.264,00, além do reajuste nos valores fixos dos tratoristas e irrigantes.
Segundo o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina, essa situação é preocupante e ameaça provocar um colapso no setor que gera 100 mil empregos diretos e movimenta cerca de R$ 2,21 bilhões nos mercados internos e externos. Terceiro maior produtor de frutas do mundo, o Vale exportou em 2021 cerca de 245 mil toneladas de mangas e 75,1 mil toneladas de uvas para os mercados norte-americano, europeu, países do Mercosul e Canadá. As culturas de manga e uva são responsáveis respectivamente por 96% e 99,9% das exportações de frutas brasileiras.
"Acreditamos na união de forças dos produtores e dos representantes públicos nas esferas municipal, estadual e federal para que todo esse patrimônio seja conservado e ampliado, visando o crescimento do Vale, desta e das futuras gerações", concluiu.
*com informações da Clas Comunicação e Marketing
Da Redação RedeGN
2 comentários
06 de Jun / 2022 às 16h41
FORA BOLSSONARO Q RESOLVE
07 de Jun / 2022 às 01h23
Por mim vai todo mundo falir, por mim eu adoraria ver um colapso irreversível, quero que tudo vá pro buraco, eu tô cansado de comer refugos aqui na região, O colapso só vai beneficiar o consumo local. Cambada de empresários... eu acho é pouco.