O governo decidiu ampliar o bloqueio no Orçamento para conseguir dar o reajuste linear de 5% prometido para todo o funcionalismo. Dessa forma, o total suprimido ficará em R$ 14,5 bilhões, conforme estimativas.
As áreas mais afetadas serão Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia, e a tesoura podará despesas de custeio e investimentos dos ministérios. Porém, as emendas de relator — as que formam o Orçamento secreto — e as das bancadas dos partidos no Congresso devem ser poupadas.
O valor ficará maior que os R$ 8,2 bilhões anunciados na semana passada, pois incluirá a previsão de despesas de R$ 6,3 bilhões com o aumento aos servidores públicos. A restrição financeira foi a forma encontrada para que o governo cumpra o teto de gastos — que correlaciona o crescimento das despesas à inflação. As medidas devem ser detalhadas no Diário Oficial da União (DOU) até segunda-feira.
As estimativas de bloqueio seriam as seguintes: Saúde perderia R$ 2,5 bilhões; Educação, R$ 3,2 bilhões; e Ciência e Tecnologia, R$ 2,9 bilhões — os números são projeções porque os ministros vão tentar, ao máximo, evitar perdas dessa magnitude.
Assim que as restrições orçamentárias foram divulgadas, as reações começaram a surgir — e negativas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota afirmando que "considera um equívoco a proposta de corte orçamentário do governo federal que prevê a redução de cerca de R$ 2,9 bilhões de recursos destinados à pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A União Nacional dos Estudantes (UNE) também se manifestou: "Acabamos de receber a informação, em reunião com alguns reitores, que o governo federal bloqueou cerca de 14% do orçamento das universidades. Mais um ataque ao funcionamento da universidade pública e da educação. Não aceitaremos calados, vai ter luta!", tuitou.
Também pelo Twitter, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas se manifestou: "Acaba de ser anunciado um corte de aproximadamente 3,2 bilhões no orçamento dos Institutos e Universidades Federais. Estamos atentos e mobilizados em defesa do orçamento da educação e pela revogação do Teto de Gastos".
Correio Braziliense Foto Ilustrativa
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