Pernambuco notificou, ontem terça-feira (17), mais dois casos suspeitos de hepatite aguda grave de origem desconhecida. A notificação foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ao Ministério da Saúde (MS).
Agora, o Estado contabiliza cinco notificações da doença, com um caso já descartado e outros quatro em investigação. De acordo com a SES-PE, o primeiro caso é o de uma criança de 9 anos do sexo feminino, que reside no município de Casinhas, no Agreste do Estado.
A jovem deu entrada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) na última sexta-feira (13), com quadro de vômito, icterícia, náusea e fadiga.
O segundo caso é de uma criança de 11 anos, também do sexo feminino, residente em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. No sábado (14), foi admitida no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), com dor abdominal, vômito, icterícia, náusea e fadiga.
Ambas seguem internadas, sendo acompanhadas pelas equipes médicas e realizando os exames necessários para a investigação dos casos.
Além destas duas novas ocorrências notificadas, seguem em investigação os dois casos suspeitos já divulgados: a criança de 1 ano do sexo masculino que foi acompanhada no Hospital Mestre Vitalino (HMV) e já recebeu alta hospitalar; e uma criança do sexo feminino, de 3 anos de idade, residente do município de Glória do Goitá, admitida no Imip, no Recife. A menina segue internada em enfermaria do serviço, recebendo a assistência para o quadro e realizando os exames complementares necessários.
O caso descartado pela SES-PE junto ao Ministério da Saúde foi o do adolescente de 14 anos, do sexo masculino, residente em Salgueiro, no Sertão do Estado, que segue internado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz desde o dia 10 de maio. Os exames do paciente deram positivo para chikungunya, descartando, assim, a ocorrência como um caso provável para a hepatite desconhecida.
A SES-PE reforça que segue prestando apoio técnico aos municípios na realização de exames complementares para análise laboratorial das hepatites virais, agentes possivelmente relacionados a este tipo de hepatite e outras doenças, assim como nas investigações epidemiológicas realizadas pelos municípios de residência dos pacientes.
Em paralelo, a Secretaria Estadual de Saúde segue em contato com toda a rede de saúde e especialistas na área para monitoramento das ocorrências. Na última semana, a pasta se reuniu com representantes da Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe) para discussão dos casos e definição de fluxos assistenciais e de vigilância. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE) também já emitiu nota de alerta orientando os serviços para que, na observação de casos suspeitos e que atendam às definições, realizem a notificação de imediato.
Ascom
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