Artigo - A rainha-mãe e sua monarquia

Mais uma vez a alegria e o sorriso voltam a encantar a família no segundo domingo do mês de maio, numa tradição que se repete para homenagear uma pessoa muito especial e que preserva com grandeza a sua própria Monarquia na condição de RAINHA-MÃE. 

Para melhor entendimento dos próprios filhos, nada melhor do que relembrar detalhes históricos de como tudo começou, a partir do desejo de uma jovem americana em homenagear as mães, logo após a morte da sua mãe no ano de 1905.

Cheia de emoção e carência, a jovem Anna Jarvis juntou-se a algumas amigas, e teve a ideia de sugerir a instituição de uma data no mês de maio para que as mães, com muita justiça, fossem lembradas e homenageadas. A conquista foi se consolidando gradualmente e somente no ano de 1914 os festejos foram unificados em toda a América do Norte. 

No Brasil só em 12 de maio de 1918 foi realizada a primeira comemoração e somente mais tarde, em 1932, o Presidente Getúlio Vargas oficializou a incorporação da data do “Dia das Mães” no nosso calendário. Embora a ideia tenha se expandido por todo o mundo, a data não alcançou a mesma unificação, e ficou diferenciada em muitos países. 

A incomensurável carga de amor, carinho, afeto e doçura que emana do coração dessa guerreira, transformam-na no maior exemplo de superação diante das adversidades. Os seus momentos de dor não conseguem ser duradouros porque o compromisso do seu íntimo é com o otimismo e a alegria. Fonte inesgotável de tolerância e compreensão. Nada mais belo que o ato de gerar um filho, instante glorioso em que as lágrimas da dor do parto logo se confundem com a explosão de alegria, e os encantos do seu sorriso expressam a felicidade de ser mãe. 

Sempre incansável, paciente, batalhadora, insubstituível no seu amor maternal, vencedora e heroína nas grandes batalhas pela sobrevivência. Sempre presente e enérgica nas lutas pela defesa da sua prole. Inigualável na expressão do que seja sensibilidade. Sem poder deixar de mencionar aqui as nossas AVÓS-MÃES, símbolos de encanto e ternura, incansáveis no amor pelos netos e duplamente presentes em nossas vidas!

Que o maior presente a ser dado a essas Rainhas-Mães, nessa data de 08 de maio, seja o reconhecimento dos filhos, os Príncipes e Princesas dessa ilustre Monarquia, pelo privilégio maior da vida, aliados aos netos, através da renovação do compromisso de amá-las e venerá-las, sempre. 

A jovem Anna Jarvis, que um dia sonhou com uma data especial para homenagear as mães, morreu em 1948 aos 84 anos sem ter sido mãe, mas, apaixonada pela figura materna, deixou frases como essas que são uma mensagem contundente e verdadeira sobre filhos e mães, quando disse: “...que as pessoas não agradecem, frequentemente, o amor que recebem de suas mães [...] O amor de uma mãe é diariamente novo". 

E que a sociedade em geral e o Estado, em particular, saibam dar às mães o tratamento digno e de respeito que elas merecem, principalmente pelo papel importante que desempenham como pioneiras na educação doméstica, e assim responsáveis na formação das gerações futuras. 

Assim, na singeleza dessas palavras, sinto-me honrado em dedicar essa crônica para homenagear essa grande monarca, com votos permanentes de que o amor seja o eterno elo de fortalecimento da família. Salve todas as MÃES desse Mundo, essas Senhoras Majestades, RAINHAS DO LAR!
                    
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Salvador-BA.