O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, será o candidato à presidência pelo partido nas eleições de 2022. O anúncio foi feito nesta terça-feira (4/5), pelo próprio líder da legenda.
Apesar de ter mantido conversas com PSDB e MDB para formar uma coligação e lançar um candidato único para o autointitulado "centro democrático", as negociações não vigoraram. Em vídeo divulgado nesta terça, Bivar afirmou que as outras legendas "não tiveram a mesma unidade que o União Brasil".
"Não restou para nós outra alternativa a não ser sair com uma chapa pura. Porque sair com uma chapa pura? Porque a gente não aceita, eu me recuso a aceitar os extremos que estão aí estabelecidos", afirmou na gravação.
A chapa contará com outro nome do partido. O mais cotado é o ex-juiz Sergio Moro, que migrou para a legenda no fim da janela partidária, ocorrida no mês passado. Ele era o pré-candidato pelo Podemos e se filiou ao União Brasil sem definição para concorrer as eleições.
Logo que o ex-ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (PL) largou o posto, Bivar se lançou como pré-candidato pelo partido comandado por ele.
Terceira via
Apesar de se apresentarem como nomes antagônicos à polarização entre e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os vários nomes da terceira via não decolaram.
Desde o final do ano passado, os principais partidos com postulantes à presidência começaram a articular uma candandidatura única, a que representasse melhor o interesse de todos.
Contudo, se individualmente os nomes não avançaram com os eleitores, entre eles, não houve consenso. Ainda em março, uma nova tentativa foi feita e os presidentes de PSDB, MDB e União — respectivamente, Bruno Araújo, Baleia Rossi e Luciano Bivar — prometeram anunciar um nome apoiado pela coligação no próximo dia 18 de maior, mas tudo indica que a promessa não vingou.
Racha no PSDB
Os desentendimentos entre os ex-governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria e Eduardo Leite, causou um reboliço no ninho tucano.
Desde a realização das prévias, em novembro, o tucanato está rachado. Apesar de Doria ter sido o escolhido pela maioria em votos, Leite era o preferido da velha guarda psdebista. O imbróglio apenas continua e, até o momento, ainda que o gaúcho tenha desistido de concorrer com o paulista, conversas em bastidores apontam que ele pode estar em alguma chapa da terceira via.
Desunificação no MDB
O nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) nunca foi tirado da disputa. Contudo, a falta de unificação dos partidos nos estados tem causado uma turbulência na candidatura da ex-prefeita de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.
Porém, nomes do partido que vão disputar governos estaduais e cargos no Legislativo Nacional estão dividos entre apoiar Lula ou Bolsonaro.
Correio Braziliense / foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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