Os criadores baianos devem vacinar os rebanhos bovinos e bubalinos de zero a 24 meses em todo o estado da Bahia. Cerca de 4,5 milhões de animais jovens deverão ser imunizados, seguindo determinação do Ministério da Agricultura (MAPA) para esta 1º Etapa de 2022.
Vale lembrar que a 2ª etapa, em novembro deste ano, será destinada a bovídeos de todas as idades, mas, desde o início de março, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) vem informando ao segmento sobre as mudanças do calendário vacinal.
A medida do Departamento de Saúde Animal (DSA) do MAPA tem o apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (SINDAN), responsável pelas vacinas no Brasil e visa garantir a oferta do insumo contra a febre aftosa em todo o Brasil. Por isso, das 11 unidades federativas que compõem o Bloco IV, a Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo seguirão imunizando os animais até 2023.
Os demais componentes do grupo DF, ES, GO, MG, MS, MT, e TO já estarão dispensados da vacinação no próximo ano. Dentro do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PNEFA) a Bahia já executou 90% das 38 ações previstas e é o 2º estado com mais atividades desenvolvidas no Bloco IV.
Há 21 anos a Bahia possui o status de Livre da Febre Aftosa com Vacinação, atestado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE).
“Desde 1968 o estado vacina os rebanhos. Há 25 a Bahia está livre da febre aftosa com vacinação, apresentando índices de imunização acima dos 90% em todas as etapas. Somos exemplo no cumprimento das ações dentro do Programa Nacional, além de contarmos com total apoio dos criadores e cadeia produtiva nesta rigorosa tarefa de alcançar a suspensão da vacina em todo o país até 2026”, avalia o diretor geral da Adab, Lázaro Pinha, enfatizando que é importante o estabelecimento das ações de defesa em conformidade com instâncias superiores e demais blocos integrantes do grupo para manter os níveis de vigilância e sanidade dos rebanhos.
Na 1ª etapa de 2021, a Bahia vacinou 93,36% do rebanho de 11 milhões de cabeças. Já a 2ª etapa, iniciada em Novembro de 2021 e prorrogada até Janeiro de 2022, o estado alcançou 91,78% dos animais jovens vacinados.
Para o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola, embora o quantitativo do rebanho seja menor nesta 1ª etapa de 2022, o trabalho da Adab será intensificado.
“Temos um panorama bastante particular na Bahia, em função do perfil das criações. Cerca de 50% dos nossos pecuaristas possuem até 10 animais em suas propriedades, ou seja, o alto índice de produtores da agricultura familiar requer mais investimento e estratégias diferenciadas em nossas ações durante o período vacinal”, explica o diretor, informando ainda que produtores, técnicos e profissionais da Adab estão reinventando formas de abordagem para o êxito das ações “e os resultados mostram o elevado nível de compromisso de todos, além da eficácia da estrutura que a Bahia dedica à defesa agropecuária”.
“Momentos de dificuldade exigem estratégias de planejamento, criatividade e adequação para realizar a defesa agropecuária do Estado”, afirma o coordenador do PNEFA-Ba, José Neder. “Nosso esforço tem o objetivo maior de abrir novos mercados, com ganhos reais para o produtor. Por isso, vamos nos empenhar ainda mais, ampliando a geolocalização de propriedades, cumprindo com as exigências técnicas e regimentais impostas pelos organismos internacionais e MAPA, e apostar na competência do corpo técnico da Adab”, finaliza Neder.
Site Adagro Foto Ilustrativa
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