Pilão Arcado foi palco de dois eventos importantes, que marcaram o dia 25 de março como uma data significativa para as conquistas da agricultura familiar, bem como para a oferta de alimentos saudáveis e geração de renda. Cores, sabores, diversidade e qualidade fizeram parte da inauguração da agroindústria de beneficiamento de buriti e cana-de-açúcar, na comunidade Brejo Dois Irmãos e da II Edição da Feira Agroecológica de Pilão Arcado, eventos realizados na última sexta-feira (25).
A comunidade Brejo Dois Irmãos em Pilão Arcado recebeu Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater), na perspectiva da Convivência com o Semiárido por três anos consecutivos (entre 2014 e 2016), pelo Irpaa, que naquele período estimulou a comunidade a refletir sobre o potencial produtivo a partir da produção local, conta o coordenador institucional do Irpaa, Tiago Pereira.
Atualmente, a comunidade recebe assessoramento do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop), através do projeto Pró-Semiárido, que possibilitou a criação da unidade de beneficiamento de buriti e cana-de-açúcar, melhorando a atividade produtiva e comercial realizada pelos/as agricultores/as. O Pró-Semiárido é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
II Feira Agroecológica-Também o com objetivo de fortalecer a produção e a comercialização dos alimentos da agricultura familiar, a II Feira Agroecológica de Pilão Arcado reuniu centenas de pessoas que puderam conhecer mais sobre a diversidade e qualidade dos produtos agroecológicos. A feira cumpriu mais uma vez o papel de aproximar os/as agricultores/as dos/das consumidores/as. Nesse sentido, Tiago destaca que essa feira "É um espaço de aproximação do campo e cidade, trazendo o potencial que tem a agricultura familiar, fazendo com que as pessoas que residem nos centros urbanos conheçam esses produtos sustentáveis, agroecológicos, numa perspectiva de alimentação saudável, garantindo a dimensão nutricional e sanitária".
Reconhecendo a importância de consumir alimentos sem veneno, a moradora de Pilão Arcado, Amália Maria Queiroz, ressalta que a feira "é de grande importância, porque a gente não está comendo o agrotóxico que prejudica a saúde". Amália afirma ainda que na feira, encontra "um alimento natural que vai nos fazer bem". Nessa perspectiva, Taís Lorrane, também moradora de Pilão Arcado, diz que o evento "é de uma importância gigantesca, porque a gente sabe que os venenos podem não estar causando um mal imediato, mas vão causar em longo prazo, e se eu tenho a opção de ter um produto orgânico, agroecológico, eu posso conhecer esse produto, saber de onde vem. Além de ajudar na economia do meu município".
A agricultora Ana Angélica, da comunidade Lagoa do Caldeirão, em Pilão Arcado, que participou da feira comercializando geleias de seriguela, de acerola, de umbu, doce de seriguela, beiju, cocada, gergelim, puba, acerola, dentre outros produtos, fala porque resolveu participar da feira. "A gente decidiu trazer nosso produto, que produzimos na nossa roça, no nosso quintal, para apresentar e oferecer um produto de qualidade. Mostrar a diferença do nosso produto orgânico para o industrializado".
Ações como a unidade de beneficiamento de frutas nativas e a comercialização de alimentos sem veneno nas feiras agroecológicas, fortalecem a agricultura familiar, divulgando a produção agroecológica, gerando renda para os/as agricultores/as, através da venda de frutas, verduras, legumes e plantas medicinais de qualidade, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional dos/das consumidores/as.
: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
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