Apesar de se observar uma queda expressiva na média móvel de casos de covid-19, o Brasil ainda convive com a estabilidade nas mortes pela doença, que ontem atingiu os 824 óbitos, segundo cálculo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esse número é a média das vidas perdidas registradas nos últimos sete dias.
Nas últimas 24 horas, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde, mais 318 mortes foram confirmadas, que fizeram o país chegar às 644.604 vidas perdidas três semanas antes de completar dois anos do primeiro óbito pela doença no Brasil — ocorrida em 12 de março de 2020. Os 650 mil óbitos podem ser alcançados antes desta data.
Isso porque caso continue registrando 824 óbitos — atual média de mortes diárias — nos próximos dias, o Brasil precisaria de sete dias para chegar aos 650 mil óbitos. A previsão do Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), aponta que a marca pode ser alcançada ainda mais rápido — já que indica que o Brasil deve alcançar 649.101 óbitos amanhã.
Na análise do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a média móvel de mortes deve sofrer uma queda nas próximas três semanas. "Temos um cenário, hoje, de queda de casos da ômicron, ainda com a média móvel de óbitos em torno de 800 mortes", admitiu.
Números da última semana epidemiológica, encerrada no último sábado, mostraram que a detecção de casos positivos por semana caiu pela terceira vez consecutiva desde quando o país atingiu o recorde de infecções em uma só semana — 1.305.447. A última semana epidemiológica também apontou uma queda do número de mortes em relação à penúltima.
A alta de casos e óbitos vista no Brasil e no mundo, logo no início deste ano, está relacionada com o surgimento da ômicron, considerada muito transmissível. No Brasil, os primeiros casos da cepa foram confirmados em 1º de dezembro de 2021. Ontem, Queiroga insistiu que a dose de reforço da vacina contra a covid-19 "é fundamental para uma proteção maior contra a variante" e acredita que o Brasil vai bem na campanha de vacinação.
Correio Braziliense
0 comentários