O cineasta Aly Muritiba é o primeiro brasileiro a ter seis pré-indicações em uma mesma edição do Prêmio Platino de Cinema Ibero-americano, que contempla produções audiovisuais nas Américas e na Península Ibérica.
Só o longa Deserto particular, dirigido por ele, concorre em quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e ao Prêmio Educação em Valores (dado aos filmes que promovam questões sociais importantes).
Já a série O Caso Evandro, também dirigida por ele, disputará como Melhor Série e Melhor Criador de Séries. Existe uma expectativa do filme ser exibido em Sobradinho durantes as festividades de Emancipação Política do município.
Sites especializado em cinema, destacam que “Deserto Particular“, o mais novo filme do diretor Aly Muritiba recebeu o prêmio do público, PREMIO DEL PUBBLICO BNL 2021, da Mostra Venice Days, no Festival de Veneza 2021.
“Fazer um filme de amor, em um tempo tão turbulento, traze-lo para um dos maiores Festivais do mundo e atingir o coração da audiência, é algo muito especial. E é também uma pequena prova de que no fim o amor sempre vence! E isso não é só nos filmes, o amor sempre vence na vida real e o amor vencerá inclusive na nossa história política.”, diz o diretor Aly Muritiba, direto do Festival, onde acaba de levar o prêmio.
O longa é protagonizado por Antonio Saboia (“Bacurau”), como Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco, e sorri menos ainda,. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor.
“Deserto Particular é um filme de encontros. Desde 2016, com o golpe que tirou do poder uma presidenta democraticamente eleita, minha geração, formada depois da Ditadura Militar, enfrenta o momento mais dramático de sua existência. O país afundou numa espiral de ódio que culminou com a eleição de um fascista como presidente. Depois da eleição de Jair Bolsonaro, todas as minorias, mulheres, indígenas, a comunidade LGBTQIA+, negros, entre outros, passaram a ser sistematicamente perseguidas, e o país se dividiu entre o sul conservador e o norte e nordeste progressista. Essa época de ódio me motivou quando decidi sobre o que seria meu próximo filme. Faria uma obra sobre encontros. Nesse momento de ódio, resolvi fazer um filme sobre o amor”, explica o cineasta.
Redação redeGN
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