Inspirado pelo desejo de proporcionar aos leitores a possibilidade de enxergar um aspecto do mundo de formas diferentes, o estudante de Medicina Vinícius Alves, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), lançou o livro “Memórias de um Sertão Esquecido”.
A obra se passa em 1918 e conta a história de Osídio, um médico recém-formado que volta para sua cidade natal e se depara com uma epidemia de gripe espanhola.
Com o intuito de reconectar seus leitores com os antepassados, o livro aborda desde temas histórico-sociais, como racismo, escravidão e misoginia, até dilemas pessoais voltados para a moral e objetivos da vida humana.
A obra, segundo o autor, pode ser classificada como um romance brasileiro contemporâneo, na qual há um misto de realismo fantástico latino-americano com romance introspectivo. A ideia para produção do livro surgiu a partir de uma matéria de jornal de 1918, que falava sobre a pandemia de gripe espanhola no interior do Rio Grande do Norte. “Identifiquei que esse era um ótimo contexto para a história e, então, me inspirei principalmente em Machado de Assis, com a narrativa em primeira pessoa de Brás Cubas; em Guimarães Rosa e seu personagem com dialeto sertanejo, no médico de Olhai os Lírios do Campo e nos enredos familiares das obras de Gabriel García Márquez e Isabel Allende”. O livro está em pré-venda até 21 de fevereiro. Os leitores podem adquirir um exemplar na forma física no site da Editora Viseu e no formato digital nos sites da Amazon, Google Play e Barnes and Noble.
De acordo com o estudante, que está no 5º período da graduação, a Univasf deu sua contribuição para a realização da obra. O curso de Medicina o deixou seguro para elaborar um personagem médico real, usando termos técnicos de forma correta. Além disso, o contato com professoras pesquisadoras na Universidade ajudou Alves na construção da personagem Ágata, uma mulher que deseja ser cientista.
Para o escritor, a importância da obra se encontra no seu poder reflexivo. “Quando as pessoas reconhecem que o presente é determinado em grande medida pelo passado, vão perceber que o futuro também será determinado pelo que nós fazemos no presente. Temos uma importante responsabilidade sobre como será o mundo futuramente e abordar tantas reflexões sociais ajuda as pessoas a entenderem o que deve continuar e o que deve ficar para trás”, enfatiza.
Da Redação RedeGN
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